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Milícia em Belford Roxo cobra taxa semanal via Pix e escolhe candidatos nas eleições, diz MP

Grupo é acusado de expulsar moradores, corromper PMs e controlar votos na comunidade; dois foram presos e os chefes seguem foragidos

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(Foto: Reprodução)

Uma investigação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) revelou que uma milícia em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, tem imposto um domínio violento e estruturado sobre a população local. Além das extorsões em dinheiro — pagas semanalmente via Pix — o grupo criminoso estaria determinando em quem os moradores devem votar durante as eleições e ainda mantendo policiais militares corrompidos para garantir a atuação do esquema.

“Quem não obedece é ameaçado e pode até ser expulso de casa”, dizem os promotores.

A operação foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ). Nesta terça-feira (29), dois suspeitos foram presos, e outros seis mandados de prisão foram cumpridos contra pessoas que já estão presas.

Os líderes da organização foram identificados como Jefferson Damázio Luquetti, conhecido como Kim, e Herbert da Conceição Heleno, o Kibe. Ambos estão foragidos.

No total, 13 pessoas foram denunciadas por milícia privada, corrupção e extorsão. Em uma das gravações reunidas pelos promotores, Kibe ordena que o celular de um morador seja revistado para verificar uma possível ligação com o tráfico.

Além disso, mensagens trocadas entre os milicianos e PMs do batalhão local indicam corrupção de agentes de segurança pública, segundo o MP, com o objetivo de assegurar a continuidade das atividades criminosas sem intervenção das autoridades.

A investigação segue em andamento.