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MPRJ faz operação contra organização criminosa ligada ao miliciano Adriano da Nóbrega

Ação da promotoria do estado cumpre três mandados de prisão e outros 27 de busca e apreensão

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Foto: Divulgação

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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), deflagrou, nesta segunda-feira (22), a Operação Gárgula.

O objetivo é cumprir três mandados de prisão e 27 de busca e apreensão contra a organização criminosa responsável pela movimentação financeira e lavagem de dinheiro do miliciano Adriano da Nóbrega, expedidos na última sexta-feira (18); Agentes do MP realizam a ação em diversos endereços na Capital, além de Niterói e Guapimirim.

Segundo a promotoria, nove pessoas, entre elas um sargento e um soldado da Polícia Militar, foram denunciadas junto à Primeira Vara Criminal Especializada da Capital por crimes de associação criminosa, agiotagem e lavagem de dinheiro.

(Foto: Divulgação)

O Juízo responsável pela expedição dos mandados também deferiu o pedido do MPRJ de sequestro do Haras Fazenda Modelo, automóveis e bloqueio de bens de R$ 8,4 milhões, correspondentes ao valor mínimo constatado em movimentações pelos criminosos.

Segundo a denúncia apresentada pelo GAECO/MPRJ em 15 de dezembro de 2020, integravam essa rede de apoio o soldado da PM Rodrigo Bitencourt Fernandes Pereira do Rego; a companheira de Adriano, Julia Emilia Mello Lotufo; Daniel Haddad Bittencourt Fernandes Leal; e o sargento da PM Luiz Carlos Felipe Martins (vulgo Orelha), tendo todos eles tido a prisão decretada.

Luiz Carlos foi morto no último sábado (20), no bairro de Realengo, em ação criminosa que deixou ainda duas outras pessoas feridas, sendo uma delas um policial militar.

Adriano Magalhães da Nóbrega, miliciano e chefe do Escritório do Crime (Foto: Reprodução)

Também foram denunciados, com medidas cautelaresde prisão deferidas pela Justiça, Carla Chaves Fontan, Carolina Mandin Nicolau, Jefferson Renato Candido da Conceição (vulgo Sapo), David de Mello Lotufo e Lucas Mello Lotufo.

A ação deflagrada hoje pelo MP é um desdobramento das investigações que culminaram na Operação Intocáveis I movida contra integrantes da milícia de Rio das Pedras, cujo líder era Adriano da Nóbrega, miliciano que também exercia forte influência sobre o grupo de matadores de aluguel conhecido como “Escritório do Crime” (Operação Tânatos). Adriano foi morto em fevereiro do ano passado, após entrar em confronto com a Polícia Militar, na Zona Rural da cidade de Esplanada (BA).

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