Rio
Operação da PF mira quadrilha acusada de fraude e furto contra clientes da Caixa
A operação ocorre simultaneamente em Macaé, Rio das Ostras, Duque de Caxias, Rio de Janeiro (capital) e São Paulo
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (11), a Operação Liberum Arca para desarticular uma organização criminosa acusada de praticar fraudes e furtos contra clientes da Caixa Econômica Federal.
A operação é realizada simultaneamente em cinco municípios: Macaé, Rio das Ostras, Duque de Caxias, Rio de Janeiro (capital) e São Paulo. Ao todo, os agentes cumprem cinco mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados. Em Rio das Ostras, foram apreendidos R$ 120 mil em espécie na residência de um dos alvos da operação.
A ação conta com o apoio da Polícia Civil, por meio da 154ª DP (Cordeiro), na Região Serrana do Rio.

Como o grupo agia?
Giuliano Cucco, delegado de Polícia Federal responsável pela investigação, explicou como os criminosos aplicavam o golpe nas vítimas.
“Durante a ação criminosa, os investigados utilizavam dispositivos que prendiam os cartões dos clientes nos caixas eletrônicos. As vítimas eram induzidas a ligar para uma central telefônica falsa, acreditando se tratar do call center do banco. Durante a ligação, acabavam fornecendo aos criminosos suas senhas e dados bancários. De posse dessas informações, os golpistas retiravam o cartão do cliente do caixa eletrônico e realizavam operações financeiras fraudulentas”, explicou o delegado.
Giuliano Cucco ainda fez um alerta à população: “Fica o alerta para os casos semelhantes. Se o seu cartão ficar preso no caixa eletrônico, não aceite ajuda de estranhos, não transmita seus dados bancários e pessoais a estranhos. Procure um funcionário devidamente identificado para auxiliá-lo.”
Como o esquema foi descoberto?
As investigações começaram em fevereiro de 2024, após a prisão de três pessoas por fraudes contra correntistas da Caixa. Os suspeitos foram detidos por policiais civis de Cordeiro. O caso foi encaminhado à Delegacia da PF em Macaé, que identificou outras ocorrências semelhantes, todas ligadas ao mesmo grupo criminoso.
Com o avanço das investigações, a PF identificou novos integrantes da organização, que são alvos dos mandados cumpridos nesta quarta. O material apreendido passará por perícia.