Rio
Polícia Civil identifica compradores de rifas virtuais com vídeos de abuso infantil
O principal investigado, preso em janeiro deste ano, filmava os abusos e promovia sorteios digitais com o intuito de vender o conteúdo
A Polícia Civil realiza, na manhã desta segunda-feira (27), a Operação Rifa Sombria, que tem como objetivo desmontar uma rede de exploração sexual infantil que comercializava vídeos de abuso de uma adolescente de 13 anos por meio de rifas virtuais. A ação é coordenada pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) e cumpre mandados de busca e apreensão na capital, na Baixada Fluminense e no interior do estado.
De acordo com a corporação, um homem foi preso em flagrante, enquanto outros quatro suspeitos foram conduzidos para a delegacia para prestar depoimento.
Como funcionava o esquema de rifas virtuais
As investigações indicam que o principal investigado, preso em janeiro deste ano, filmava os abusos e promovia sorteios digitais com o intuito de vender o conteúdo. A divulgação das rifas ocorria em aplicativos de relacionamento e perfis falsos em redes sociais.
Na época da primeira prisão, os agentes apreenderam aparelhos eletrônicos. Após meses de análise técnica e cruzamento de dados, o trabalho de inteligência permitiu identificar os compradores e financiadores da rede, responsáveis por sustentar o ciclo de exploração.
Polícia quer responsabilizar consumidores de material ilegal
Segundo o delegado Cristiano do Vale Maia, titular da DCAV, o foco da operação é também atingir os consumidores desse tipo de conteúdo.
“O combate aos abusadores precisa atingir também quem sustenta esse mercado. Quem compra, participa. Quem paga também violenta”, afirmou o delegado.
A Polícia Civil reforça que a operação segue em andamento e novas prisões podem ocorrer à medida que o inquérito avance.