Quadrilha que extorquia comerciantes na Uruguaiana movimentou R$ 7 milhões
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Polícia prende líder de quadrilha e mais oito por extorsão a lojistas na Uruguaiana

Dos 11 mandados de prisão, nove foram cumpridos. Entre os presos está o advogado Ricardo da Silva Pereira, apontado como líder da quadrilha

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Polícia desmantela quadrilha que cobrava até R$ 80 mil por box na Uruguaiana. Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público estadual realizaram, nesta quinta-feira (22), uma operação contra uma quadrilha que atuava desde 2019 no Mercado Popular da Uruguaiana. Dos 11 mandados de prisão, nove foram cumpridos. Entre os presos está o advogado Ricardo da Silva Pereira, apontado como líder da quadrilha.

Segundo as investigações, só Ricardo movimentou cerca de quase 2 milhões de reais. A quadrilha movimentou em torno de 7 milhões desde 2019.

Os demais detidos são:

  • Antenor Pereira de Jesus, ex-presidente da associação comercial da uruguaiana
  • Robson Gripp, atuava como uma espécie de gerente da quadrilha
  • Paulo César da Silva Porto Júnior, comerciante que funcionava com um elo entre a quadrilha e os lojistas
  • Carlos Alexandre Barbosa
  • Davidson Faustino
  • Fagner Gonçalves
  • Jefferson Oliveira
  • Cosme dos Santos

Dois criminosos seguem foragidos. Um deles é um policial civil aposentado, o outro ainda não foi identificado.

Além disso, as autoridades cumpriram nove mandados de busca e apreensão. Um agente penal, também envolvido na organização criminosa, ele teve o bloqueio de bens e afastamento da função. De acordo com as investigações, ele participava de ações ilícitas da quadrilha.

De acordo com o delegado Álvaro de Oliveira, responsável pelo caso, os criminosos extorquiam e ameaçavam os comerciantes.

“Uma investigação que iniciou em 2019, um inquérito da DRACO, e justamente com essa reclamação de comerciantes do mercado populado da Uruguaiana, que são extorquidos por uma organização criminosa que, a título de cobrar uma taxa associativa, na verdade, extorquiam o dinheiro deles pra que eles pudessem exercer a livre atividade comercial”, explicou o delegado.

Na ação, foram apreendidos dezenas de celulares sem notas fiscais, roupas falsificadas e um simulacro de pistola em dois box.

Os boxes estavam sendo vendidos de forma ilegal

O grupo criminoso lucrava com a venda clandestina de boxes, com valores que variavam entre R$ 60 mil e R$ 80 mil, mesmo sendo espaços públicos. O dinheiro obtido nessas práticas era lavado e reinvestido no próprio camelódromo, com depósitos em contas de laranjas.

Como funcionava o esquema de extorsão no camelódromo?

Segundo o Ministério Público, os criminosos exigiam pagamentos disfarçados de “contribuição associativa” para permitir o funcionamento dos boxes. Também aplicavam taxas arbitrárias de consumo de energia elétrica que, caso não fossem pagas, o fornecimento era cortado de forma coercitiva.

Os membros do grupo realizavam também a lavagem do dinheiro obtido, repassando-o para contas de laranjas e reinvestindo em boxes no próprio Mercado Popular e utilizavam várias empresas de fachada para essa lavagem de dinheiro, inclusive uma lavanderia.

Os envolvidos vão responder por organização criminosa armada, usurpação de função pública e lavagem de dinheiro.

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