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Patrulhando a Cidade

Policiais que negaram registrar ocorrência de racismo contra estudante de gastronomia podem ser punidos após omissão

Caso aconteceu no Hipermercado Extra, no bairro de Alcântara, em São Gonçalo

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Foto: Arquivo pessoal

O delegado Edézio Ramos, titular da delegacia de Alcântara, em São Gonçalo, disse que vai ouvir os policiais plantonistas que não quiseram registrar um caso de racismo sofrido pelo estudante de gastronomia e cake designer, Bernardo Marins, de 20 anos. O jovem acusa seguranças do hipermercado Extra, de serem preconceituosos. Bernardo também disse que foi chamado de ladrão pelos funcionários.

Ele afirma ter sido seguido pelos seguranças enquanto era humilhado. No último dia 18, ele foi até o mercado para comprar ingredientes que usaria no próprio bolo de aniversário, comemorado no dia em que sofreu as ofensas. Após sair do local, ele tentou prestar queixa na 74DP, mas os agentes de plantão se negaram em fazer o registro. O delegado Edézio Ramos disse que pretende ouvir os policiais e tomar as atitudes cabíveis para este tipo de situação.

“Determinei imediatamente a abertura de uma sindicância sumária para apurar a conduta dos policiais que estavam no plantão. E a gente quer saber exatamente o motivo pelo qual, o registro de ocorrência narrando a situação de suposta injuria racial não foi confeccionado”, afirmou Edézio Ramos.

A advogada do rapaz, Danielle Coutinho, precisou percorrer cerca de 35km até a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, na Lapa, no Centro do Rio, para conseguir denunciar o episódio de preconceito sofrido pelo cliente.

 

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