Policial civil é preso acusado de passar informações para milícia
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Policial civil é preso acusado de passar informações para milícia na Baixada

Os mandados de prisão estão sendo cumpridos em bairros como Barra da Tijuca, Jacarepaguá, Belford Roxo e Duque de Caxias

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MPRJ. Foto: Divulgação

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ) denunciou 13 pessoas acusadas de integrar uma milícia que atua nos municípios de Belford Roxo e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A Justiça determinou a prisão preventiva de todos os investigados, entre eles o policial civil Jaime Rubem Provençano, preso nesta manhã, e o policial militar Gilmar Carneiro dos Santos, conhecido como “Professor Gilmar”.

Os mandados de prisão estão sendo cumpridos nesta terça-feira (9) em bairros como Barra da Tijuca, Jacarepaguá, Belford Roxo, Duque de Caxias e unidades prisionais. Até o momento, quatro pessoas foram presas, incluindo o policial.

De acordo com o MPRJ, à época dos fatos, em 2024, o policial civil estava lotado na Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e o militar atuava no 39º BPM, em Belford Roxo. As investigações indicam que ambos teriam colaborado com o grupo, repassando informações sobre operações e dando suporte às atividades da organização criminosa.

As prisões foram decretadas pelo Juízo da 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa. Os suspeitos vão responder pelo crime de constituição de milícia privada.

Quem seriam os líderes da milícia?

As investigações apontam Diego dos Santos Souza, conhecido como ‘Cabeça de Ouro’, e Carlos Adriano Pereira Evaristo, chamado de ‘Carlinhos da Padaria’, como líderes do grupo. Ambos estariam comandando as ações de dentro do sistema prisional.

A apuração indica ainda que a cobrança de valores seria articulada por Angelo Adriano de Jesus Guarany, o ‘Magrinho’, responsável por manter a comunicação entre os líderes presos e os integrantes que atuavam nas ruas.

Atuação do grupo na Baixada Fluminense

Segundo o MPRJ, a organização realizava extorsões contra comerciantes e mototaxistas em Belford Roxo e Duque de Caxias. Também há registros de torturas, execuções e confrontos armados por disputa territorial.

O grupo mantinha presença nos bairros Wona, Lote XV e Vale das Mangueiras, em Belford Roxo, e no bairro Pantanal, em Duque de Caxias. As investigações apontam que os suspeitos realizavam prestação de contas e transmitiam ordens por mensagens.

A apuração também reuniu elementos sobre disputas com grupos rivais, além de indícios de traições internas, coações e planejamento de ataques.

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