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Psicóloga fala sobre dependência emocional abordada em “Mulheres Apaixonadas”

Especialista explica que a raiz da dependência emocional está em dois lugares: no mundo interno e também no mundo social

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[Foto: Divulgação]

Atualmente está sendo reprisada na Globo a novela Mulheres Apaixonadas, no Vale a Pena Ver de Novo. Exibida originalmente há 20 anos, a trama trás diversos temas que são debatidos até hoje na sociedade, principalmente a dependência emocional. Com isso, a psicóloga Maria Rafart trás como exemplo a personagem da atriz Giulia Gam, explicando sobre essa dependência.

De acordo com a psicóloga, em 2003, ano em que a novela foi ao ar, não se usava habitualmente a expressão “Dependência Emocional”, como usamos hoje. Falava-se em “mulheres que amam demais”, para identificar comportamentos de subserviência e de aceitação de violência doméstica por parte de mulheres.

“Hoje, com o conceito de dependência emocional mais solidificado, podemos falar de um conjunto de comportamentos que fazem com que alguém aceite o inaceitável num relacionamento amoroso. Geralmente o dependente emocional encontra-se num nível hierárquico abaixo do parceiro, e por isso, se submete a ele”, explicou a profissional.

Segundo Rafart, caiu por terra também o mito de que apenas mulheres dependentes financeiramente de seus maridos seriam dependentes emocionais, na medida em que ainda hoje se observam estes comportamentos em todos os tipos de pessoas, inclusive naquelas que possuem sua independência financeira e um bom padrão intelectual.

A especialista explica que a raiz da dependência emocional está em dois lugares: no mundo interno e também no mundo social. Uma infância desenhada com um apego inseguro gerará um adulto inseguro, e consequentemente, mais suscetível a ser dependente emocionalmente.

“Giulia Gam, com seu ciúme e controle obsessivo, representa este tipo de pessoa eternamente insegura. O mundo externo, ou o social, atinge as mulheres em cheio: são aquelas ideias pré-concebidas de que mulheres devem casar, que precisam ser cuidadoras, que estar sozinha é ruim… E é por isso que temos um número muito maior de mulheres dependentes emocionais do que de homens”, completou.

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