Renúncia de Pampolha muda linha sucessória no Rio

O cenário político do Rio de Janeiro ganhou um novo capítulo nesta quarta-feira (21) com a renúncia oficial de Thiago Pampolha ao cargo de vice-governador. A saída acontece logo após sua aprovação pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) para ocupar o posto de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

A nomeação de Pampolha foi confirmada com 57 votos favoráveis, cinco contrários e sete abstenções, entre os 69 deputados presentes. Apenas o parlamentar Renato Machado (PT) não compareceu à votação. A posse está marcada para esta mesma quarta, com publicação prevista em edição extraordinária do Diário Oficial.

O que muda na linha sucessória?

Com a vaga deixada no Executivo estadual, o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União), assume a primeira posição na linha sucessória do atual governador Cláudio Castro (PL). A movimentação abre espaço para especulações sobre os planos políticos de Bacellar, especialmente com relação à disputa pelo governo em 2026.

Apesar dos rumores, Pampolha negou qualquer articulação política em sua indicação. “Foi um convite do governador, que eu recebi com profundo orgulho. Não tive nem conversas desse nível com o presidente Bacellar”, declarou durante coletiva de imprensa. A fala, no entanto, não impediu que os bastidores da política fluminense começassem a ferver.

A saída de Pampolha afeta o futuro político do Rio?

Embora tenha minimizado a possibilidade de um acordo prévio, a renúncia de Pampolha é vista como um movimento estratégico. Com Bacellar na linha direta de sucessão e cada vez mais próximo do núcleo do poder estadual, o xadrez político do Rio entra em nova fase. O episódio reforça o protagonismo da Alerj no tabuleiro do Executivo fluminense.