Romance escrito na pandemia destaca relações de amor durante o período de isolamento social

Com mais de 50 anos dedicados à atuação no ramo do Direito, o advogado, defensor público e professor da Universidade Federal Fluminense, Ronald Eucário Villela dá os primeiros passos em sua trajetória como escritor.

Abrindo mão dos assuntos restritos ao ambiente jurídico, o autor que é natural de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, apostou em um romance em que destaca as relações de amor, mesmo diante de uma idade avançada e em tempos de pandemia. Villela teve como inspiração o período de isolamento social pela Covid-19.

Em “Amores nos tempos do Covid” (Autografia), o professor, que conquistou em setembro de 2022 o título de Cidadão Niteroiense, descreve uma relação de afeto entre Paulo – um homem viúvo que acaba de completar 70 anos, e uma mulher que conheceu na academia. O local foi fechado por conta das restrições impostas pelo isolamento social. Na trama, vivendo conflitos familiares envolvendo os filhos, o protagonista da história revela como enfrentar esses momentos de forma madura e mantendo, acima de tudo, o sentimento.

“Escrevi essa obra durante a pandemia. Como todos, fiquei perplexo com o isolamento e resolvi dar um sentido melhor a esse recolhimento, me afastando da advocacia, que já não me satisfazia e procurando novos caminhos. Acredito que mesmo numa idade já avançada ser possível viver intensamente, ainda que durante uma pandemia, curtindo amor e relações intensas familiares”, explica o autor.

Foi um amigo quem sugeriu que Ronald Villela investisse na produção. Para ele, o processo foi prazeroso e os personagens foram surgindo naturalmente ao longo dos dois anos em que esteve escrevendo.

“Comecei sem ter feito uma sinopse e, por isso, fui criando os personagens no decorrer da história. Me inspirei em muitas memórias passadas e em fatos que seriam ‘atuais’ e remetem ao amor. O amor é vida e esta é a razão pela qual o realço tanto. Tem passagens minhas e muita imaginação também. Daí é que vem a necessidade de me tirar do primeiro plano, dar asas à criatividade e vida ao Paulo, o nosso protagonista”, pontua.