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Cultura

Seap exibe obras de privados de liberdade em exposição no Prédio da Central do Brasil

Por meio de pinturas e esculturas produzidas nas oficinas de artes das unidades prisionais, custodiados expressam sua percepção do mundo com trabalhos repletos de sensibilidade

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Foto Destaque: Divulgação

Os muros podem manter o indivíduo preso, mas não são capazes de aprisionar a sua imaginação. Ciente disso e da importância de estimular a produção criativa dos privados de liberdade, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), que tem como missão trabalhar a ressocialização dos apenados, vai promover, a partir do dia 30 de novembro, no 3º andar da sede da secretaria, no Prédio da Central do Brasil, a exposição Arte e Artesanato no Ambiente Prisional, composta exclusivamente por trabalhos produzidos por privados de liberdade.

Realizada através da Subsecretaria de Tratamento com o apoio do Centro Cultural da Justiça Federal (CCJF), a amostra visa estimular os custodiados a desenvolverem os seus talentos durante o período do cárcere, por meio do incentivo da remição da pena, a cada três dias trabalhados na atividade artesanal, num regime de carga horária semanal de oito horas, um dia da pena é diminuído. Atualmente, cerca de 95 apenados participam da Remição de Pena pelo Artesanato, instituída pela Resolução Seap nº 838 de 2020.

Esculturas na exposição (Foto: Reprodução/Divulgação)

“A arte no cárcere contribui para o desenvolvimento das capacidades intelectuais e o enriquecimento cultural dos custodiados, bem como dos valores sociais e do espírito de comunidade. Por meio das interações nas oficinas, do compartilhamento de ideias, no aprender e ensinar, os privados de liberdade têm a oportunidade de identificar e aprimorar as suas vocações”, afirma a Secretária da Seap, Maria Rosa Lo Duca Nebel.

(Foto: Reprodução/Divulgação)

A exposição, que ficará em exibição permanente na Seap e acessível ao público de segunda a sexta, das 9h às 17h – é composta por pinturas e esculturas confeccionadas nos últimos dois anos. Nesse período, os autores contaram com o apoio da Diretoria Especial de Unidades Prisionais e Socioeducativas (SEEDUC).

Produzidas com tinta acrílica, palitos de picolé, papelão, tinta guache e entre outros, as obras chamam a atenção, não somente pela excelência dos traços e acabamento impecável, características que são notadas em trabalhos de artistas profissionais, mas também pelo fato de que muitos desses autores aprenderam as técnicas utilizadas a partir de aulas que tiveram com outros presos. A intenção dos realizadores é ampliar o acervo periodicamente, à medida que novas peças forem sendo produzidas.

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