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Vídeo: Polícia Civil investiga morte de funkeira durante procedimento estético em Vila Isabel

Corpo de MC Atrevida foi enterrado nesta quarta-feira (29)

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Segundo a Secretária Municipal de Saúde do Rio, Fernanda a chegou a unidade com fortes dores no último domingo (26), e foi encaminhada para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave. Ela morreu um dia depois. Ainda de acordo com a secretaria de saúde, somente um laudo do vai poder determinar o que causou a morte da funkeira. O corpo dela foi enterrado nesta quarta-feira (29), no Cemitério da Cacuia, na Ilha.

Durante transmissão ao vivo em uma rede social, Wania Tavares, dona da clinica, afirmou que vai aguardar o laudo com a causa da morte. “Eu não gostaria de falar agora, eu gostaria de esperar os laudos. Porém, como vai sair na TV, eu já vou explanando porque vocês têm o direito de já saber. Eu estou com a minha consciência supertranquila quanto ao procedimento, que foi feito corretamente”, afirmou.

Além de Mc, Fernanda Rodrigues tinha um salão de beleza no Morro de Dendê. Ela deixa quatro filhas. Fernanda Rocha, amiga e funcionária da cantora, falou sobre as dores que a artista sentiu após o procedimento.

“No dia, eu nem as filhas dela sabíamos que ela ia fazer esse procedimento estético com a Rainha das Plásticas, a gente não sabia, só quem sabia mesmo era uma amiga dela, a DJ Janine, que foi até a mesma que acompanhou ela nesse procedimento. No dia 16 ela foi pra clínica, fez o procedimento e no mesmo dia a dispensaram pra casa. Ela já estava sentindo muitas dores, mas ela pensava que essas dores eram normais. Então ela segurou a dor. Conforme foi passando o tempo, ela foi piorando,” destacou.

A polícia civil também investiga se a Mc Atrevida cantava funks que faziam apologia ao tráfico de drogas no Morro do Dendê.

Posicionamento do diretor da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, regional RJ, Dr. Bruno Herkenhoff, sobre as circunstâncias da morte da MC Atrevida

A hidrolipo, procedimento realizado pela MC Atrevida, nada mais é do que uma lipoaspiração em que o cirurgião plástico injeta soro fisiológico junto a uma outra substância que faz uma vasoconstrição para diminuir o sangramento durante a cirurgia. Esse procedimento deve ser realizado por um cirurgião plástico habilitado, em centro cirúrgico, e dentro de um hospital.

Este cirurgião plástico tem que obrigatoriamente ter uma formação de dois anos em cirurgia geral e outra formação posterior de mais três anos em cirurgia plástica. E precisa ser filiado à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

É fundamental que, antes de operar, todo paciente consulte no site da sociedade (www.cirurgiaplastica.org.br) se o médico é ou não um membro afiliado à entidade.

O cirurgião plástico habilitado faz sempre uma avaliação de riscos nos pacientes antes de qualquer procedimento cirúrgico através de exames específicos e de uma consulta com um cardiologista.

Ele também faz um acompanhamento no pós-operatório, avaliando o aparecimento de dores, desconfortos e atendendo a cada queixa do paciente, realizando consulta de revisão, até a retirada dos pontos cirúrgicos, quando o paciente é finalmente considerado “livre” dos cuidados requeridos no pós-operatório.

Temos que entender que toda cirurgia requer uma rigorosa avaliação de risco cirúrgico. E que as cirurgias estéticas não fogem à esta regra.

Porém, observamos que quase 100% dos casos de acidentes graves e mortes em decorrência de um procedimento estético estão associados a clínicas clandestinas e /ou caseiras; e a profissionais não habilitados para a realização do mesmo.

E, por isso, reiteramos a recomendação: para sua própria segurança, é fundamental procurar um cirurgião plástico credenciado à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Bruno Herkenhoff
Diretor da regional Rio da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e preceptor do Curso de Residência do Hospital da Plástica

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