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Inteligência Artificial está no centro das grandes inovações do século

Especialista compartilha as principais inovações do mercado mundial. Câmera fotográfica de papel e colete que grava abraço são os destaques

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Inteligência Artificial está no centro das grandes inovações do século
Inteligência Artificial está no centro das grandes inovações do século (Foto: Divulgação)

Foi o tempo em que a inteligência artificial (IA) era exclusividade dos filmes de ficção hollywoodianos. Blader Runner (1982), Matrix (1999), O Homem Bicentenário (1999) são algumas produções cinematográficas que nos aproximou do universo da inteligência artificial e, durante muito tempo a interação com as “máquinas inteligentes” era possível somente da ficção.

O ChatGPT está aí para contestar a máxima de que IA é coisa apenas de cinema. Fato é que, a tecnologia tem sido explorada por grandes empresas mundiais há muito tempo e justamente por isso, hoje, podemos ter acesso a serviços que utilizam a tecnologia como, por exemplo, os chatbots, ferramenta utilizada por muitas empresas como ferramenta de comunicação com seus clientes.

Para o CEO da IDK, primeira comtech do Brasil que une tecnologia com design e comunicação, Eduardo Augusto, o grande destaque da IA são as possibilidades de uso da tecnologia. “Recentemente eu realizei uma live em que o ponto central foi falar sobre como a tecnologia pode impulsionar o crescimento e o desenvolvimento em todos os setores. Desde a inteligência artificial até a robótica, desde a realidade virtual até a computação em nuvem, as oportunidades são infinitas”, explica.

Presença marcante nas principais feiras e eventos de inovação e tecnologia, o empresário costuma compartilhar em suas redes sociais as principais tendências e inovações que estão surgindo pelo mundo e como elas podem afetar o futuro dos negócios, da educação, da saúde e muitas outras áreas da sociedade.

“Eu procuro sempre compartilhar com as pessoas tudo o que está acontecendo no mundo em relação a inovações tecnológicas. Gosto de mostrar para as pessoas como é possível explorar o potencial da tecnologia e descobrir como podemos usá-la para criar um futuro mais brilhante e inovador”, conclui Eduardo.

Em sua última passagem por um desses eventos, a SXSW 2023, em Austin, no Texas, o CEO da IDK pôde ver de perto as grandes inovações que estão surgindo no mercado internacional e que em um futuro breve devem estar chegando aqui no Brasil. . Confira a seguir algumas dessas experiências.

E-commerce
Uma das coisas mais interessantes que vi sobre o universo do e-commerce, foi um aplicativo em que a pessoa pode provar o produto em tempo real dentro de casa, com a realidade aumentada, por exemplo.

“A loja precisa ter apenas duas fotos cadastradas por produto, então você coloca um plugin no site da sua loja e pronto. A experiência é semelhante a de estar na loja, a diferença é que ela faz isso pelo celular. Com o uso de realidade aumentada a pessoa pode provar roupas e acessórios, ver se o caimento da peça ficou bom, se combina com a bolsa e o sapato”, explica Eduardo.

Enfim, uma experiência virtual que reproduz o produto no corpo da pessoa, uma espécie de provador online.

Experiência visual
Imagina ter em frente da sua loja, na vitrine ou num box de vidro, uma assistente virtual ou pessoa em 3D, conectada a uma inteligência de conversação como o chatGPT, que pode atender às solicitações dos clientes relacionadas aos produtos da loja. Não é sensacional?

De acordo com o empresário, “essa experiência tem como base um holograma com duas barras e pequenas hélices com luz RGB (cores vermelha, verde e azul), que giram muito rápido e através desse giro são formadas as imagens em uma tela, com uma definição inacreditável, muito próxima do 4K”.

A proposta de aplicação dessa experiência é para Real Time, carros e atendimento virtual, como um assistente virtual em 3D. Pensa se não é uma experiência sensacional e muito viável.

Câmera fotográfica de papel

Trata-se de uma câmera digital, de 8 megapixels, feita de papel, que tem uma corrente parecida com as correntes de bolsas. Ela tem uma lente de captura e um SSD que armazena as fotos.

“De fato é um experimento muito interessante e prático desenvolvido por uma empresa de Londres que estava vendendo a máquina por US$100. Considerando a qualidade das imagens e a inovação, é um preço justo”, pontua.

Colete com sensores

Desenvolvido por uma empresa japonesa, o colete com sensores e barras de led capta reações e sentimentos. O usuário veste a peça e ao abraçar um manequim (que representa uma pessoa) que também está vestindo o mesmo colete, transmite os sentimentos da outra pessoa naquele momento. A experiência é captada por uma terceira pessoa que controla os coletes e recebe as mensagens do cérebro da pessoa, que estão sendo emitidos durante o abraço, e conforme o seu sentimento ele vai mudando de cor e essa experiência é gravada no colete do manequim.

“Aí você deve estar se perguntando (como eu me perguntei): pra que isso? A proposta da empresa é permitir que as pessoas possam “guardar” o abraço e sentimentos que envolvem esse momento, como recordação, ou seja, se você quer guardar o abraço da sua mãe, você veste um colete, coloca o outro colete na sua mãe e se abraçam, este momento ficará registrado no colete dela e sempre que você quiser sentir esse abraço você coloca o colete da sua mãe em um manequim e abraça”, avalia Eduardo.

Pensando na experiência afetiva e emotiva que a tecnologia proporciona, o executivo considera essa uma das melhores inovações que ele já viu.

Experiência degustativa

Essa é uma das experiências mais loucas que eu já vi. Sabe aquela comida gostosa que você vê na televisão e fica com vontade de provar, principalmente quando o apresentador fala que está gostosa, cheirosa? Então, a empresa levou para a feira um experimento muito interessante.

Com o uso de sensores neurais é possível medir a atividade cerebral da pessoa que irá provar o alimento sem de fato estar comendo. Como assim? “A pessoa assiste em uma tela a imagem de um cookies sendo degustado por uma outra pessoa e, ao assistir, você automaticamente tem reações de também estar comendo. A ideia da empresa é que, quando você faz isso, você cria um sentimento de saciedade, ou seja, você não come de fato o alimento, mas se sente saciado só de olhar. Louco isso, né?”.

Robô garçom

O robô (uma espécie de mesinha, sem braços) funciona como um receptor de lixo, então ele fica andando de um lado para o outro e perguntando se você tem algo para descartar. Ou se você quer servir também é possível utilizar o robô para fazer o papel de garçom, é só colocar a bandeja com as bebidas ou petiscos e ele vai andando pela festa e as pessoas vão se servindo.

“O robô tem sensores, então quando ele se aproxima de alguém automaticamente ele para e a pessoa pode se servir à vontade. Considero essa uma inovação muito bacana e viável” finaliza Eduardo.

De fato, essas inovações nos aproximam cada vez mais daquelas experiências que víamos somente na dicção. São inovações reais que num futuro breve devem estar chegando aqui no Brasil.

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