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‘Tripla ameaça’ ameaça virar os oceanos de cabeça para baixo

Cientistas explicam o impacto devastador da crise marinha.

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Tripla ameaça ameaça virar os oceanos de cabeça para baixo
Oceano - Créditos: depositphotos.com / [email protected]

Nos últimos anos, o Atlântico Sul tem sido afetado por eventos extremos triplos — combinação de ondas de calor marinhas, acidificação acentuada do mar e escassez de clorofila. Embora esses fenômenos praticamente não ocorressem há duas décadas, eles se tornaram frequentes desde 2009, ameaçando a vida marinha.

Pesquisadores apontam que esses eventos são consequência direta das mudanças climáticas, impulsionadas principalmente por atividades humanas. O aquecimento e a acidificação dos oceanos refletem a crise climática global, afetando de forma crescente os ecossistemas marinhos.

Como esses eventos afetam o ecossistema marinho nos oceanos?

Os impactos são graves e duradouros. Esses eventos podem persistir por até 49 meses e atingir até 18% da área analisada do Atlântico Sul. Assim, eles provocam o branqueamento de corais, comprometem a reprodução de espécies e afetam toda a cadeia alimentar.

Além disso, a redução da clorofila prejudica a fotossíntese de algas e fitoplâncton, essenciais para a sobrevivência de diversas espécies. A acidificação ainda dificulta a formação de estruturas calcárias, como conchas e esqueletos de corais, agravando os danos.

Quais regiões foram mais afetadas até agora?

  • Costa do Brasil: o litoral nordestino, especialmente o Rio Grande do Norte, registrou temperaturas anômalas.
  • Costa africana: áreas tropicais também passaram a sofrer com esses eventos desde 2009.

Por exemplo, em 2020, as águas de Rio do Fogo atingiram 32 °C. Então, cerca de 85% dos corais duros e 70% dos zoantídeos ficaram brancos, sinalizando risco de morte.

Tripla ameaça ameaça virar os oceanos de cabeça para baixo
Oceano – Créditos: depositphotos.com / alebloshka

Quais são as soluções possíveis para mitigar esses efeitos?

  • Criar áreas marinhas protegidas para conservar espécies vulneráveis.
  • Reduzir emissões de gases estufa, combatendo o aquecimento global.
  • Promover pesca sustentável, evitando a sobreexploração dos mares.
  • Aumentar a conscientização, para que mais pessoas compreendam os efeitos da crise climática nos oceanos.

Por que o futuro dos oceanos exige ação urgente?

A continuidade dos eventos extremos triplos indica que a crise climática está se intensificando. Então, sem medidas eficazes, os danos à biodiversidade marinha e às populações humanas que dependem do oceano serão irreversíveis.

Assim, proteger os oceanos não é apenas uma questão ambiental, mas também social e econômica. O futuro do Atlântico Sul — e do planeta — depende de ações coordenadas, urgentes e sustentáveis.

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