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SuperVia retoma operação do Ramal Japeri e extensão Paracambi após de furtos de cabos

Desde o início do ano, já foi gasto mais de R$ 1 milhão com recuperação do sistema de sinalização devido a esses crimes

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Imagem, do trem da SuperVia
Trem da SuperVia (Foto: Reprodução)
Trem da Supervia

Foto: Reprodução

A operação de trens começou a ser gradativamente retomada no ramal Japeri e na extensão Paracambi, na noite desta segunda-feira (30). A circulação estava suspensa desde às 16h15 em função do furto de equipamentos, ocorrido na região de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Essa e várias outras ocorrências de furtos de cabos de sinalização deixaram o sistema automático de sinalização inoperante em cerca de 25 quilômetros do ramal, entre onze estações.

Por isso, os trens precisariam aguardar ordem de circulação por um grande trecho, entre Anchieta e Engenheiro Pedreira, já próximo a Japeri. Com a necessidade de licenciamento dos trens por contato via rádio – entre o Centro de Controle da SuperVia e os maquinistas – os intervalos teriam que ser aumentados para 30 minutos, o que inviabilizaria a operação e causaria uma lotação além da taxa máxima permitida pela legislação em vigor. Por isso, a interrupção temporária foi necessária.

Os técnicos da SuperVia trabalharam para restabelecer o sistema no menor tempo possível, trabalho que ainda está ocorrendo. A todo momento, os clientes foram informados sobre a situação por meio dos canais de relacionamento da concessionária.

No furto registrado por volta das 13 horas de hoje (30), criminosos levaram seis relés, peças que garantem a segurança do sistema de sinalização e são responsáveis pelo fechamento e abertura automática de sinais, por exemplo.

O peso desses equipamentos pode variar. Os que foram levados pesam cerca de 8 quilos e custam aproximadamente R$ 30 mil cada. Um prejuízo total de R$ 180 mil para a concessionária só com relação ao  material.

No horário de pico da manhã de hoje(30), os ramais Japeri e Belford Roxo já haviam circulado com intervalos alterados em função de outros casos de furtos de cabos.

Devido ao grande número de ocorrências de furtos e de uma quantidade cada  vez maior de materiais furtados, a SuperVia tem encontrado dificuldade para fazer a reposição dos materiais, problema que já vem ocorrendo desde o início deste ano, conforme já divulgado à imprensa e às autoridades competentes em outros momentos.

Como se tratam de áreas de fortes e crônicos problemas de insegurança pública, algumas sob o domínio do poder paralelo de facções criminosas, o trabalho de reparação e troca de cabos normalmente só pode ser executado durante o dia.

A SuperVia lamentou por meio de nota, que ocorrências como essa causem riscos à operação dos trens e transtornos aos seus milhares de clientes. No primeiro semestre deste ano, houve 364 ocorrências de furtos de cabos de energia e de sinalização no sistema ferroviário, totalizando mais de 24 mil metros de cabos retirados indevidamente do sistema.

Desde o início do ano, já foi gasto mais de R$ 1 milhão com recuperação do sistema de sinalização devido a esses crimes. Os casos são comunicados às autoridades competentes e registrados na Delegacia de Roubos e Furtos (DRF).

Esse tipo de ação pode ser enquadrado como crime previsto no artigo 260 do Código Penal, que dispõe sobre a conduta de causar transtornos ou riscos de desastre à operação ferroviária e prevê pena de reclusão, de dois a cinco anos, e multa.

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