Rio
Vereador e filho executados: polícia prende acusados de emboscada ligada à milícia
De acordo com as investigações, seis pessoas, sendo dois mandantes e quatro executores, participaram dos homicídios
Dois policiais militares foram presos pela Polícia Civil, nesta quinta-feira (11), durante uma operação contra os envolvidos no assassinato do vereador Danilo Francisco da Silva, o Danilo do Mercado (MDB), e de seu filho Gabriel Francisco Gomes da Silva. O caso aconteceu em março de 2021, quando as vítimas saíam de uma residência no bairro Jardim Primavera, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Segundo a Polícia Civil, o filho do parlamentar não era alvo da emboscada, mas acabou sendo assassinado para eliminar testemunhas. Até agora, dois policiais militares foram presos e um terceiro, também apontado como executor, segue foragido.
No total, seis pessoas participaram do crime: três mandantes e três policiais militares responsáveis pela execução. A Justiça expediu mandados de prisão contra todos eles, além de sete mandados de busca e apreensão. Ainda conforme as investigações, todos os envolvidos fariam parte de uma milícia que atua na região.
Dos mandantes, dois já foram presos em uma ação anterior, e um continua foragido.

Ainda de acordo com a corporação, o atentado estaria ligado à disputa por território de lotes na região.
“Na prática concretamente não foi de ordem política, foi uma disputa em razão de território, de lotes. Havia proprietários de loteamentos naquela região e as vítimas trabalhavam com essa questão de lotes”, disse o delegado.
Homicídio partiu de uma emboscada
O crime aconteceu da seguinte forma: um dos mandantes da execução convidou o vereador Danilo para um almoço, onde supostamente negociariam a venda de uma carreta prancha. Durante a reunião, o criminoso saiu às pressas do restaurante. Esse seria o sinal para os policiais militares atirarem contra as vítimas.
O sexto envolvido manteve contato com os executores pouco antes do ataque e, junto com o outro mandante, tentou se desfazer do carro usado na comunicação com os atiradores.
O indiciamento ocorreu após a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense analisar imagens de câmeras de segurança da região. Além disso, um laudo de confronto balístico apontou que uma das armas usadas no assassinato de Gabriel está relacionada a outros homicídios sob investigação da unidade.