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Bolsonaro afirma existir ‘guerra ideológica’ no debate do uso da cloroquina contra Covid-19

"Se o pessoal me ajudasse um pouquinho, não me atrapalhasse, o Brasil ia embora", afirmou o presidente

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"Se o pessoal me ajudasse um pouquinho, não me atrapalhasse, o Brasil ia embora", afirmou o presidente (Foto Antonio Cruz/Agência Brasil)

“Se o pessoal me ajudasse um pouquinho, não me atrapalhasse, o Brasil ia embora”, afirmou o presidente
(Foto Antonio Cruz/Agência Brasil)

Em declaração dada para um grupo de apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, na manhã desta quinta-feira, o presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido), afirmou haver “uma guerra ideológica ” no debate sobre o uso da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19. A fala reforça o discurso feito pelo chefe de Estado, na noite da última quarta-feira, durante pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão.

“Isso é uma guerra ideológica em cima disso, guerra de poder. Se o pessoal me ajudasse um pouquinho, não me atrapalhasse – não estou me refiro a A, B ou C -, o Brasil ia embora”, assegurou. O presidente ainda voltou a destacar o caso do diretor-geral do Centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês, Roberto Kalil Filho, que se curou da Covid-19 após um tratamento com a substância. “Tem médico que usa. Tá usando tem quase dois meses. A gente sabe que não está ainda comprovado cientificamente, mas…”, alegou sem concluir a frase.

Na sequência, Bolsonaro utilizou de uma analogia para explicar melhor seu raciocínio. “Eu contei uma história bacana da guerra no Pacífico. O soldado chegava sem sangue e não tinha transfusão, não tinha outro para doar. Então, o pessoal lá botou água de coco na veia e deu certo. Serviu como soro, imagina se fosse esperar uma comprovação científica, quantos não morreriam? Aqui a mesma coisa”, comparou.

Apesar do uso da hidroxicloroquina só ser liberado no Brasil para casos graves da Covid-19, que estejam hospitalizados, Bolsonaro afirmou no pronunciamento da última quarta que o país irá receber matéria-prima para produção do medicamento, no próximo sábado, vindo direto da Índia. Nesta manhã, por meio de seu perfil oficial no Twitter, ele agradeceu ao primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, pelo “gesto honroso que poderá ajudar a salvar a vida de muitos brasileiros, e do qual jamais esqueceremos”.

 

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