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Edifício-sede da Cruz Vermelha Brasileira é tombado pelo Iphan

Decisão reconhece a relevância do bem e protege por lei a edificação

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Tombamento do edifício da Cuz Vermelha- Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

Tombamento do edifício da Cuz Vermelha- Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural votou pelo tombamento definitivo do Edifício-sede da Cruz Vermelha Brasileira, situado no centro do Rio de Janeiro (RJ). Em julho deste ano, havia sido publicado o tombamento provisório da edificação. A decisão do Conselho, órgão vinculado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), reconhece a relevância do bem e protege por lei a edificação, em caráter permanente. Localizado na praça da Cruz Vermelha, o prédio reúne características arquitetônicas do início do século XX e remete à fundação da Cruz Vermelha no Brasil.

“De longe, dá pra ver a grandiosidade da edificação no centro do Rio de Janeiro. É um prédio que demarca um importante momento da então capital da República”, afirma a presidente do Iphan Larissa Peixoto. “Com o tombamento, o Instituto vai atuar na preservação das características arquitetônicas e dos significados desse bem para a história e a cultura do Brasil”.
Em virtude do tombamento, todas as intervenções na edificação terão de ser autorizadas pelo Iphan, autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo. O bem cultural será inscrito no Livro do Tombo Histórico do Iphan.

O tombamento reconhece o valor histórico de uma instituição que luta pela garantia de direitos humanos. No escopo internacional, buscou estabelecer condições mínimas de humanidade diante de conflitos armados. Já no Brasil, a instituição atuou em situações de desigualdade social, catástrofes naturais e acolhida a refugiados. Na cúpula do prédio está esculpida a cruz vermelha em fundo branco, que simboliza toda essa história.

Diante da necessidade de cuidados humanitários nas guerras do século XIX, a Cruz Vermelha foi instituída no Brasil em 1908. Concebeu-se o prédio da organização a partir do projeto vencedor de concurso público, da autoria de Pedro Campofiorito. Em 1912, o governo federal concedeu o terreno da então esplanada do Senado à Sede da Sociedade da Cruz Vermelha Brasileira. Com obras iniciadas em 5 de outubro de 1919, o prédio foi inaugurado em 1923.

Já a praça da Cruz Vermelha, onde se situa o prédio, relaciona-se às grandes reformas urbanísticas iniciadas pelo então prefeito do Rio de Janeiro, Pereira Passos, inspirado nas mudanças de Paris do século XIX. A construção da praça fez parte do projeto de modernização do centro da cidade, que criou o cruzamento das avenidas Mem de Sá e Henrique Valadares com a rua Carlos Sampaio.

Disposta em formato circular, a fachada principal acompanha o contorno da praça. Ocupa toda a quadra delimitada pelas ruas Carlos Carvalho e Ulbaldino do Amaral, assim como pelas avenidas Henrique Valadares e Carlos Sampaio.

 

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