A pressão, que antes já existia, se torna a cada momento mais intensa na Câmara de Deputados para abertura de processo na Comissão de Ética contra a deputada federal Flordelis (PSD-RJ). O também deputado federal Leo Motta (PSL-MG) entrou, nesta quarta-feira (26), com uma reclamação na Corregedoria da Câmara para que a parlamentar perca o mandato por quebra de decoro. Agora, o processo será encaminhado à mesa diretora da casa. Só então, poderá ser aberto – ou não – o processo na comissão especial. A decisão cabe a Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da casa.
O jornalismo da TUPI fez contato com alguns parlamentares nesta segunda-feira para analisar a situação de Flordelis. Todos – entre posição e oposição – acreditam que a pastora será presa mesmo com mandato de deputada federal. Para isso acontecer é necessário aval do Supremo Tribunal Federal (STF) e entendimento de que não há foro privilegiado no caso.
Caso o STF aponte positivo para a prisão da parlamentar, o processo político passaria para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e não à Comissão de Ética que por sua vez, só recebe uma provocação em dois cenários. O primeiro é com uma representação feita por um partido. O outro é quando se origina da mesa diretora da própria Câmara. Tanto na CCJ, quanto na Comissão de Ética, haverá votação aberta em plenário para cassação do mandato da deputada.
Na segunda-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, deu um posicionamento em aguardo a uma posição da Justiça antes de iniciar o trâmite do processo político:
“Se o Judiciário pedir o afastamento, vamos decidir. Em relação ao processo, tenho que analisar para que a Câmara avalie que providências tomar”, ponderou Maia.
Nos bastidores, a prisão e perda de mandato de Flordelis é tratada como certa e que acontecerá em questão de tempo. O que resta saber é de onde partirão as decisões e punições penais e políticas.
O jornalismo da TUPI também apurou que há constrangimento por grande parte dos parlamentares em ver Flordelis, acusada de homicídio triplamente qualificado, com mandato de deputada federal.
“Chocante, inaceitável e constrangedor”, disse uma fonte da Câmara.
A deputada é apontada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, morto com mais de 30 tiros em julho do ano passado, na casa da família, em Pendotiba, Niterói, Região Metropolitana do Rio.
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