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Brasil

Projeto prorroga auxílio emergencial até abril deste ano

Autor do projeto, deputado Chiquinho Brazão, diz que benefício impediu aumento de 36% dos índices de pobreza durante a pandemia

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Auxílio emergencial (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

 

auxílio emergencial

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei que prorroga até abril deste ano o pagamento do auxílio emergencial com valor de R$ 600. Para entrar em vigor, o projeto ainda precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O auxílio foi criado pela Lei 13.982/20 para ajudar as pessoas no enfrentamento à pandemia de Covid-19, que deixou muita gente em situação de vulnerabilidade social. No entanto, mesmo com sinais da segunda onda da covid-19 no país, o benefício, pago desde abril de 2020, chegou ao fim em dezembro do ano passado.

Autor do projeto, o deputado federal Chiquinho Brazão (Avante-RJ), avalia que as vantagens sociais e econômicas trazidas pelo auxílio emergencial devem ser mantidas.

“O fim do auxílio emergencial tem um impacto devastador para aqueles que mais precisam, e vão ficar desamparados nesse momento tão complicado. Ainda que de forma temporária, o benefício contribuiu para reduzir o índice de pobreza da população e para manter a atividade econômica”, disse Brazão.

O deputado acrescentou ainda que o auxílio ajudou a diminuir os índices de pobreza no Brasil.

“Caso o auxílio não tivesse sido oferecido desde abril de 2020, o índice de pobreza teria saltado para 36% durante a pandemia. Além da queda de renda da população, o fim do benefício vai afetar a arrecadação de estados e municípios e os pequenos comércios locais”, completou o deputado.

chiquinho brazão

Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

 

STF

Uma liminar concedida pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 30 de dezembro de 2020, garantiu a prorrogação das medidas sanitárias de enfrentamento à pandemia, mas não prorrogou o decreto que reconheceu o estado de calamidade pública nem o pagamento do auxílio emergencial. Na prática, com o fim do estado de calamidade, o governo volta a ficar submetido às imposições da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), sendo obrigado a cumprir metas de execução do orçamento e limites de endividamento e de gastos com pessoal, o que acarreta na redução de recursos disponíveis para financiar políticas de assistência social e ações emergenciais na saúde e no setor produtivo.

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