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Ciência

Conselho Federal de Medicina autoriza uso de cloroquina, mas ressalta falta de evidências

Conselho diz ao presidente Bolsonaro que não recomenda hidroxicloroquina, mas libera receita em 3 casos específicos

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Medicamentos
Medicamentos (Foto: Reprodução)

O Conselho Federal de Medicina (CFM) se reuniu nesta quinta-feira (23), no Palácio do Planalto, com o presidente Jair Bolsonaro e afirmou que não recomenda o uso do fármaco hidroxicloroquina para pacientes que estiverem em tratamento da COVID-19 pois não há evidências no uso do medicamento. A entidade, contudo, autorizou que médicos prescrevam o uso do remédio em três tipos de cenários:

  • A primeira possibilidade em que pode ser considerado o uso cloroquina é no caso de paciente com sintomas leves, em início de quadro clínico, em que tenham sido descartadas outras viroses (como influenza, H1N1, dengue) e exista diagnóstico confirmado de coronavírus;
  • A segunda hipótese é em paciente com sintomas importantes, mas ainda sem necessidade de cuidados intensivos, com ou sem recomendação de internação;
  • O terceiro cenário possível é em paciente crítico recebendo cuidados intensivos, incluindo ventilação mecânica. Porém, ressalta o Parecer, é “difícil imaginar que em pacientes com lesão pulmonar grave estabelecida e, na maioria das vezes, com resposta inflamatória sistêmica e outras insuficiências orgânicas, a hidroxicloroquina ou a cloroquina possam ter um efeito clinicamente importante”.

Em todos os casos, a prescrição do remédio caberá ao médico assistente, em decisão compartilhada com o paciente.

O documento do CFM ressalta que o profissional fica obrigado a explicar ao doente que não existe, até o momento, nenhum trabalho científico, com ensaio clínico adequado, feito por pesquisadores reconhecidos e publicado em revistas científicas de alto nível, que comprove qualquer benefício do uso das drogas para o tratamento da COVID-19

O parecer do CFM foi entregue nesta quinta ao presidente Jair Bolsonaro.

Confira aqui a íntegra do parecer CFM

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