Bolsonaro nega mal-estar com a China e diz que pode pedir auxílio ao país no combate ao novo coronavírus

O presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido), negou haver algum problema entre os governos do Brasil e da China, após as declarações de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). De acordo com o presidente, existe a possibilidade ainda de um auxílio entre os países no combate à pandemia do novo coronavírus.

“A questão do vírus lá, que a curva (de novos casos) está em descendência, os hospitais estão sendo desativados. O que foi utilizado para chegar a esse ponto, se houver necessidade, vou ligar para o presidente Xi Jinping (para perguntar). Faz parte do meu ofício tomar uma atitude como essa”, declarou Bolsonaro, ao  deixar o Palácio da Alvorada, na manhã desta sexta-feira.

Também nesta sexta-feira, o governo do Distrito Federal informou que solicitou auxílio da China, “de qualquer natureza”, para o combate do novo coronavírus na capital do país. Entre os pedidos estão a doação de suprimentos e equipamentos médicos, assim como indicações de empresas que possam colaborar na contenção da pandemia. De acordo com o presidente, os governos estaduais têm essa liberdade, e o governo federal está fazendo o mesmo. “Nós mesmos estamos fazendo contato com a China porque eles estão agora com material excedente lá”, afirmou Bolsonaro.

Ainda na conversa com a imprensa, o presidente foi questionado sobre a declaração de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), responsabilizando o governo chinês pela pandemia de coronavírus. Em resposta, a Embaixada da China no Brasil disse que a postagem prejudica “a boa imagem do Brasil no coração do povo chinês”.

Bolsonaro ressaltou que não quer “criar clima” com o governo chinês e que o comércio entre os dois países se mantém. “O que o parlamentar veio a escrever ou não, não importa. Eles vivem criticando o governo americano por minha causa e ninguém fala nada”, respondeu.