Economia

Presidente do Banco Central diz ser necessário reduzir taxas de juros do crédito

O Copom projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) deve ficar próximo da estabilidade no segundo trimestre deste ano
(Foto: Divulgação)

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou, na manhã desta terça-feira, que ainda é preciso continuar trabalhando para reduzir as taxas de juros do crédito. Campos Neto fez a declaração durante participação em uma palestra promovida pela Organização das Cooperativas Brasileiras Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

Campos Neto citou que a spread, a diferença entre taxa de captação de recursos pelos bancos e a cobrada dos clientes, não caiu na mesma proporção da taxa básica de juros, a Selic, que está atualmente em seu mínimo histórico, em 6,5% ao ano: “A Selic caiu bastante, mas os spreads do crédito não caíram proporcionalmente. Então existe uma frustração, uma angústia da sociedade de ter um juros muito baixo, mas de ter um spread muito alto. Então acho que a agenda (de trabalho do Banco Central) atingiu vários objetivos, mas ainda precismos continuar trabalhando nesse sentido”.

Sobre a economia mundial, Campos Neto disse que há um processo de revisão para baixo de crescimento. Ele citou que a previsão para crescimento da economia mundial saiu de 3,6%, em março de 2018, para 3,3%, neste mês. Segundo ele, a guerra comercial entre Estados Unidos e China tem gerado um efeito maior nos países asiáticos, mas “vem contaminado o resto do mundo”.

Campos Neto ainda citou as mudanças nas previsões para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, neste ano: “No começo da revisão existia uma interpretação que o crescimento estava sendo postergado e depois o crescimento começou a cair. E teve consecutivas revisões para baixo”.

Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta terça-feira, o Banco Central diz que houve uma interrupção do processo de recuperação da atividade econômica e reforça que espera pela “retomada do processo de recuperação econômica adiante, de maneira gradual”.

O Copom projeta que o Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, deve ficar próximo da estabilidade no segundo trimestre deste ano: “Um dos canais que continua bastante vivo na nossa economia e tem sido um sinal de alento é o canal de crédito.”, disse. Ele mostrou que o crédito total cresceu 5,4% em abril deste ano.

Sobre as cooperativas, Campos Neto citou que o setor segue em processo de consolidação: “Em 2018, houve redução de cerca de 4% na quantidade de cooperativas singulares, de 967 para 925. Apesar disso, o número de cooperados aumentou e, em 2018, ultrapassou os 10 milhões de pessoas, entre físicas e jurídicas”. O presidente do Banco Central projeta aumento da participação das cooperativas no crédito concedido no Sistema Financeiro Nacional de 8% para 20%, em 2022.

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