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Justiça

Justiça aceita denúncia e torna oito pessoas rés por morte de menina esmagada por carro alegórico da Em Cima da Hora

Eles irão responder pelo crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar

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Raquel Antunes e alegoria da Em Cima da Hora
(Foto: Reprodução/Montagem)

A Justiça aceitou, nesta sexta-feira (05), a denúncia do Ministério Público contra oito pessoas pelo homicídio culposo, quando não há intenção de matar, de Raquel Antunes da Silva, de 11 anos. A menina foi imprensada entre um poste e um carro alegórico da escola de samba Em Cima da Hora, na Rua Frei Caneca, durante o primeiro dia de desfile da Série Ouro no Carnaval de 2022.

Na decisão, a juíza Simone de Araújo Rolim, da 29ª Vara Criminal do Rio, afirma que há indícios de materialidade e autoria suficientes a autorizar o início da ação penal. Com isso, os oito denunciados passam a ser réus no processo.

Irão responder por homicídio culposo qualificado o presidente administrativo da Em Cima da Hora, Flavio Azevedo da Silva; o presidente da Liga-RJ, Wallace Palhares; o diretor da Liga-RJ, Cícero Cristiano André; o engenheiro civil Daniel Oliveira Junior; e o coordenador de dispersão José Crispim da Silva Neto. Já o auxiliar de dispersão Rodney Dionizio Melo e a integrante da Liga-RJ Carla Ardelino vão ser processados por homicídio culposo. Há ainda o caso do motorista do caminhão reboque, Carlos Eduardo Cruz, indiciado por homicídio culposo na direção de veículo.

Alegoria Em Cima da Hora
(Foto: Reprodução)

De acordo com as investigações, os réus praticaram condutas que, isolada ou conjuntamente, por imperícia, negligência ou imprudência, resultaram na morte de Rachel Antunes. Ela estava em cima da alegoria e foi imprensada no momento em que o abre-alas da Em Cima da Hora se chocou em um poste. A denúncia descreve as condutas de cada um dos denunciados que acabaram por criar e incrementar o risco do trágico acontecimento.

Na ocasião, Raquel chegou a ser socorrida com vida e ficar internada no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio. Ela passou por uma cirurgia complexa em que teve a perna direita amputada. Apesar dos esforços, a menina acabou falecendo.

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