Rio
Alerj teve cinco presidentes presos nos últimos 25 anos; veja os casos
Levantamento mostra que Rodrigo Bacellar se junta a outros quatro ex-presidentes da Casa detidos por diferentes investigações
Nos últimos 25 anos, cinco dos sete presidentes da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) foram presos. O caso mais recente é o do deputado estadual Rodrigo Bacellar (União Brasil), detido nesta quarta-feira (3) por suspeita de vazar informações sigilosas sobre a operação que levou à prisão do político TH Joias, em setembro. Com isso, Bacellar passa a integrar uma lista marcada por sucessivos escândalos envolvendo antigos comandantes da Casa.
Jorge Picciani, do MDB, foi preso em 2017 durante a Operação Cadeia Velha, que investigava um esquema de propina ligado ao setor de transportes. Ele morreu em 2021, vítima de câncer. Na mesma ação, também foi detido o ex-deputado Paulo Melo (MDB), que presidiu a Alerj entre 2011 e 2013 e novamente entre 2013 e 2015. Melo voltou a ser preso em 2020, dessa vez no âmbito da Operação Lava Jato.
Quem mais foi preso entre ex-presidentes da Alerj?

Outro ex-presidente da Casa alcançado pela Lava Jato foi Sérgio Cabral. Ele ocupou o comando da Alerj entre 1997 e 2001, antes de se tornar governador. Em 2016, Cabral foi preso acusado de liderar uma organização criminosa que fraudava licitações e cobrava propina em diversos setores da administração pública.
José Nader, do PTB, que presidiu a Alerj entre 1991 e 1994, também foi alvo de investigações. Ele foi preso em 2005 por pesca predatória e porte ilegal de armas, em caso sem relação com corrupção, mas que marcou mais um episódio de detenção envolvendo ex-presidentes da Assembleia.
Quantos foram presos no exercício do mandato?
Dos cinco presidentes presos nesse período, apenas dois foram detidos enquanto estavam no exercício da função: Rodrigo Bacellar e Jorge Picciani. Os demais já haviam deixado o cargo quando foram alcançados pelas operações policiais.