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Capital Fluminense

Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, ganha espaço para transformar cinzas em árvores de Ipê

Proposta é plantar urnas biodegradáveis misturadas com sementes e ressingificar a cerimônia de despedida de entes queridos

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Cinzas serão transformadas em árvore no Cemitério São Francisco Xavier (Foto: Divulgação)

O Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, Zona Portuária do Rio, vai ganhar uma área destinada ao plantio de urnas biodegradáveis para transformar cinzas humanas em árvores de Ipê. O novo espaço, batizado Jardim de Histórias, será inaugurado no próximo domingo (8), com o objetivo de ressignificar a partida de entes queridos.

– A pandemia trouxe a impossibilidade do ritual de despedida, momento tão significativo para as famílias. Por isso estamos empenhados em proporcionar experiências diversas e acalentadoras, quando optam pela cremação. Cinzas de restos mortais que forem exumados após três anos também poderão ser plantadas – afirma Sandra Fernandino, diretora da Reviver.

De acordo com a concessionária Reviver, responsável pela gestão do cemitério, o momento do plantio é seguido por uma cerimônia ecumênica. Cada urna plantada recebe a identificação do ente falecido e permanece no jardim até que as mudas, já crescidas, possam ser remanejadas para outras áreas do cemitério.

Durante este período, elas são cuidadas pela equipe de jardinagem do cemitério, treinada para realizar o trabalho – que envolve, sobretudo, sensibilidade e acolhimento.

O Jardim de Histórias está estrategicamente localizado bem próximo ao crematório. Segundo Crisa Santos, neuroarquiteta responsável pelo projeto de revitalização do Cemitério São Francisco Xavier, os ipês – que florescem entre o final do inverno e começo da primavera – simbolizam a renovação. “Nutridas pelas cinzas, que se tornam adubo, elas são, em essência, árvores de lembranças vivas”, explica.

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