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Rio

Operação Lava Jato no Rio denuncia perito judicial e empresários de ônibus

Esquema de corrupção gerou lavagem de ao menos R$ 5,9 milhões

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(Foto/Divulgação MPF)

O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu denúncia contra o perito judicial Charles Fonseca William e os empresários José Carlos Lavouras, Jacob Barata Filho e João Augusto Monteiro, do setor de ônibus no Estado do Rio.

Os três são acusados de, entre 2012 e 2015, praticarem corrupção ativa e passiva, além de pertencerem a uma organização criminosa. No caso do perito, ele também é acusado de lavagem de pelo menos R$ 5,9 milhões.

A denúncia aponta que perito Charles Fonseca William, gastou R$ 1 milhão na compra de uma casa em Búzios, pago em espécie e R$ 4,9 milhões entregues pela frota da transportadora de valores Transexpert, que ocultava valores para a organização criminosa liderada pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB-RJ).

Os acusados passam a responder por esses crimes após a 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro receber a denúncia. No documento, os 11 procuradores da Lava Jato/RJ afirmaram à Justiça que Charles William fazia perícias favoráveis às empresas de ônibus, atendendo aos fins da organização de Cabral.

Entre maio de 2012 e maio de 2015, Lavouras, Barata Filho e Monteiro providenciaram 22 pagamentos, somando R$ 4,9 milhões, para o perito praticar atos em benefício de suas empresas, como em processos relativos ao rebaixamento das tarifas intermunicipais.

Além de fazer laudos a favor das empresas, Charles se articulava com terceiros para ser nomeado no maior número possível de ações. O MPF já encaminhou as informações para a Corregedoria Geral de Justiça do TJ tomar eventuais medidas cabíveis no caso.

 

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