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Polícia Civil realiza mais uma operação contra braço financeiro da milícia em Guaratiba

Até o momento, 13 pessoas foram presas na ação

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Foto: Divulgação

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A Força-Tarefa criada pela Polícia Civil para combate às milícias realiza nesta quarta-feira (04/11) uma operação contra o braço financeiro da milícia chefiada por Wellington da Silva Braga, o “Ecko”, em Guaratiba. A ação tem como objetivo asfixiar as fontes de renda e interromper comércios e serviços ilegais, que geram grande lucro para a organização criminosa. Até o momento, 13 pessoas foram presas na ação.

Entre os crimes investigados estão exploração de atividades ilegais controladas pela milícia, cobranças irregulares de taxas de segurança e de moradia, instalações de centrais clandestinas de TV a cabo e de internet (“gatonet”/”gatointernet”), armazenamento e comércio irregular de botijões de gás e água, parcelamento irregular de solo urbano, exploração e construções irregulares, areais e outros crimes ambientais, comercialização de produtos falsificados, contrabando, descaminho, transporte alternativo irregular e estabelecimentos comerciais explorados pela milícia e utilizados para lavagem de dinheiro, entre outras ilegalidades.

A operação conta com as equipes dos Departamentos de Polícia Especializada e Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO), e teve apoio de informações do Disque-Denúncia.

Além da DRACO, o trabalho de inteligência também contou com investigações da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), Delegacia do Consumidor (Decon), Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) e Divisão de Capturas da Polícia Interestadual (DC-Polinter).

Linha do tempo da Força-Tarefa

No dia 28 de outubro deste ano, policiais civis realizaram uma operação, que resultou na apreensão de seis vans, na Baixada Fluminense, que seriam utilizadas por milicianos.

No dia 22 de outubro, os agentes realizaram mais uma ação em Itaguaí e Seropédica, com o objetivo de asfixiar as fontes de renda e interromper comércios e serviços ilegais, que geram lucro para a organização criminosa. Durante a ação, foram presas 17 pessoas, entre elas o líder da milícia que atua em Chaperó, em Itaguaí. Ele é braço-direito do miliciano Danilo Dias Lima, o “Tandera”. Foram estourados provedores clandestinos de sinal de internet e de TV a cabo, lojas de roupas falsificadas, depósitos de gás, desmanches de peças automotivas, estabelecimento de comércio de cestas básicas, desmanches de veículos e outros comércios explorados pela milícia. Também foram encontrados três areais clandestinos.

No dia 21 de outubro, os agentes interditaram oito farmácias irregulares, apreenderam milhares de medicamentos de uso controlado entre outras substâncias e prenderam dez responsáveis pelos estabelecimentos. O trabalho de investigação e de inteligência indicou que os locais são utilizados pela milícia como fonte de lucro e para lavagem de dinheiro da organização criminosa.

Em outra ação no mesmo dia, foram apreendidas 168 mil TV box importados de forma irregular, em Itaguaí, na Baixada Fluminense. Esta é a maior apreensão desses aparelhos já realizada no país. De acordo com as investigações, os equipamentos são considerados os novos “gatonet”. A carga foi localizada após intensa troca de informações e um trabalho de integração entre as polícias Civil e Federal e Receita Federal, em continuidade a ações realizadas para apreender equipamentos eletrônicos irregulares e coibir a prática deste tipo de crime.

Também no dia 21 de outubro, a Força-Tarefa, por meio da 56ª DP (Comendador Soares), em conjunto com o Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Detro-RJ), realizou mais uma ação para asfixiar o braço financeiro da organização criminosa chefiada pelo miliciano Wellington da Silva Braga, o “Ecko”. A operação teve como objetivo apreender veículos usados para transportes alternativos explorados pelo bando na Baixada Fluminense. O trabalho dos agentes começou no início da noite, quando os transportes piratas são colocados em circulação. A ação aconteceu em Comendador Soares, Nova Iguaçu.

Em apenas em uma ação, realizada no dia 16 de outubro, os agentes prenderam 18 criminosos, interditaram estabelecimentos comerciais usados como fonte de lucro e lavagem de dinheiro da milícia, como um shopping de roupas falsificadas com várias lojas, farmácia com medicamentos de uso controlado sem autorização da Anvisa, dois provedores de internet com sinal furtado de TV por assinatura com milhares de assinantes, um depósito de gás e um restaurante usado para comercialização de cestas básicas.

No dia 15 de outubro, a Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), em ação integrada com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), interceptou um comboio de 12 milicianos em Itaguaí, na Região Metropolitana. O grupo vinha sendo monitorado pelo serviço de inteligência da força-tarefa, que apurou a frequente movimentação de criminosos entre a Zona Oeste e a Baixada Fluminense.

Os criminosos reagiram atirando contra os policiais e acabaram morrendo. Durante o confronto, pelo menos oito fuzis foram apreendidos, além de diversas pistolas, munições, carregadores, aparelhos de comunicação e os quatro carros que faziam parte do comboio. No mesmo dia, agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) prenderam um integrante de uma milícia que atua em Nova Iguaçu. Ele fazia parte do grupo tático da milícia local, sendo responsável por ações diretas de combate.

No dia 14 de outubro, a Força-Tarefa realizou uma operação na região conhecida como Km 32, em Nova Iguaçu. A operação, realizada pela CORE, tinha o objetivo de verificar informações de inteligência oriundas da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte), que davam conta de uma reunião de criminosos armados no local, sendo todos ligados à milícia. As equipes da Polícia Civil foram atacadas a tiros de fuzis quando se aproximavam da localidade. Cinco criminosos foram mortos e armas foram apreendidas.

O planejamento da atual gestão para o combate às milícias é aplicar o sistema que intitulou como O&A (Operação e Asfixia). Após o serviço de inteligência, a Polícia Civil realiza uma operação pontual contra o grupo criminoso. Em seguida, a força-tarefa, com diversas delegacias especializadas, realiza operações na região onde aquela organização atua, realizando um verdadeiro trabalho de asfixia, em que os agentes ficam na área quantos dias forem necessários e sufocando todas as formas de entrada de dinheiro na organização. Nesta asfixia, as especializadas atuam contra construções irregulares, grilagem, serviço pirata de tv a cabo (gatonet), venda de gás,

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