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Rodrigo Bacellar, presidente da Alerj, é preso pela Polícia Federal

Mandado de prisão preventiva e oito buscas foram cumpridos na Operação Unha e Carne, autorizada pelo STF

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Rodrigo Bacellar
Rodrigo Bacellar, presidente da Alerj. Foto: Divulgação

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado estadual Rodrigo Bacellar (União Brasil), foi preso nesta quarta-feira (3) pela Polícia Federal durante a Operação Unha e Carne. Segundo a corporação, o parlamentar é suspeito de ter vazado informações sigilosas da Operação Zargun, deflagrada em setembro, que resultou na prisão do então deputado estadual TH Joias.

As informações apontam que o vazamento teria comprometido o andamento das investigações. Para os investigadores, a atuação de agentes públicos envolvidos na divulgação antecipada dos dados sigilosos teria provocado a obstrução das ações conduzidas no âmbito da Zargun.

Além da prisão preventiva, os agentes cumpriram oito mandados de busca e apreensão e um mandado de intimação para aplicação de medidas cautelares diversas da prisão.

Todas as ordens foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o g1, Bacellar foi preso dentro da Superintendência da PF no Rio, na Praça Mauá.

O que motivou a operação desta quarta-feira?

A Operação Unha e Carne ocorre em cumprimento de decisão do STF no contexto do julgamento da ADPF das Favelas, que determinou que a Polícia Federal conduzisse investigações sobre a atuação de grupos criminosos violentos no Rio de Janeiro e suas possíveis conexões com agentes públicos.

A corporação informou que as apurações continuam em andamento, e o caso segue sob sigilo judicial. Esta reportagem está sendo atualizada.

Relembre a prisão de TH Joias

Foto: Reprodução/Instagram

Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias, foi preso em 3 de setembro por tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro. Ele é suspeito de negociar armas e acessórios destinados ao Comando Vermelho (CV).

O ex-deputado foi alvo de duas operações simultâneas, decorrentes de investigações paralelas, com mandados expedidos pelo Tribunal Regional Federal e pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Segundo a PF, as apurações identificaram um esquema de corrupção envolvendo lideranças do CV no Complexo do Alemão e agentes públicos. Já o Ministério Público do Rio (MPRJ) afirma que TH usou o mandato para favorecer a facção, chegando a nomear comparsas para cargos na Alerj.

O que investigava a Operação Zargun?

A Zargun, cujo suposto vazamento levou à operação desta quarta-feira, tinha como objetivo desarticular um esquema criminoso que envolvia tráfico internacional de armas e drogas, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

Na ocasião, a PF cumpriu 18 mandados de prisão preventiva e 22 de busca e apreensão, além do sequestro de R$ 40 milhões em bens, por ordem do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2).

Segundo os investigadores, o grupo infiltrava-se na administração pública para obter acesso a informações sigilosas, garantir proteção à atividade criminosa e facilitar a importação de armas do Paraguai e equipamentos antidrone da China, revendidos inclusive a facções rivais.

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