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Coronavírus

Witzel rebate Bolsonaro: ‘Enquanto a gente está tomando medidas, o governo federal fica fazendo política’

Presidente havia criticado durante a manhã desta sexta-feira o decreto estadual que fecha estabelecimentos, proíbe voos e isola completamente a capital fluminense

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(Foto: Reprodução/TV Globo)

Presidente havia criticado durante a manhã desta sexta-feira o decreto estadual que fecha estabelecimentos, proíbe voos e isola completamente a capital fluminense
(Foto: Reprodução/TV Globo)

Em entrevista a primeira edição do “RJTV”, da TV Globo, no início da tarde desta sexta-feira, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), rebateu as criticas feitas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido), ao decreto que proíbe o funcionamento de uma série de estabelecimentos e isola a capital fluminense, a partir da meia-noite deste sábado. Segundo Witzel, as medidas assinadas por ele, na noite da última quinta-feira, seguem as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e diferentemente do governo federal que, segundo ele, “fica fazendo política”, sua gestão trabalhar para impedir a propagação do novo coronavírus.

“Estamos seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde, estamos olhando para os estados como a Itália, como a Espanha, onde as pessoas estão contabilizando corpos e são os mais velhos. O governo federal precisa fazer sua parte. Enquanto a gente está tomando medidas aqui, o governo federal fica fazendo política. A gente precisa parar com isso. Vamos trabalhar”, declarou.

Witzel ainda relatou que ele e outros governadores escreveram uma carta com seis pontos à Brasília, solicitando ajuda financeira para os estados. “Nós não temos diálogo com o governo federal. Os governadores precisam se comunicar com carta. Estamos fazendo reunião, trabalhando a mil por hora, tentando salvar pessoas. As pessoas estão perdendo emprego, desesperadas”, alfinetou.

“Estamos atrás de recursos para as pessoas que estão com fome, sem trabalho, principalmente os autônomos. Colocar essas pessoas na rua é levá-las para a morte. Muitas vezes são idosas. Agora é hora de buscar solução. Nós estamos catando migalhas que temos diante das crises que estamos enfrentando: a do petróleo e a falta de arrecadação com a pandemia”, acrescentou.

Porém, o governador frisou que para entrar em vigor a determinação de que a capital fique isolada dos demais municípios da Região Metropolitana, será necessário uma resolução da Secretaria Estadual de Transportes. A princípio, a ideia é que apenas trabalhadores de serviços essenciais circulem nos transportes públicos intermunicipais. “Estamos em uma guerra contra um inimigo invisível. Serão entre 60 e 90 dias de muita restrição pra poder evitar que a gente fique contabilizando corpos como na Itália”, ressaltou.

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