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Saúde

Nutricionistas alertam sobre o consumo excessivo desses alimentos comuns

Esses alimentos estão em toda parte e podem afetar sua saúde.

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Nutricionistas alertam sobre o consumo excessivo desses alimentos comuns
Alimentos ultraprocessados (Créditos: depositphotos.com / gresey)

Discussões sobre alimentação saudável estão cada vez mais presentes no cotidiano, com frequentes orientações para evitar certos grupos de alimentos. Entre as recomendações mais comuns está a de reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados, medida apontada como importante para prevenir o surgimento de doenças crônicas. Apesar do assunto ser recorrente em campanhas de saúde, muitas pessoas ainda têm dificuldades para identificar quais alimentos se enquadram nessa categoria e como eles podem prejudicar o bem-estar ao longo do tempo.

Pesquisas recentes demonstram que a maioria da população desconhece o verdadeiro significado de ultraprocessados. Muitas vezes, há confusão entre produtos processados, minimamente processados e ultraprocessados, tornando a escolha alimentar um desafio. O desconhecimento pode contribuir para a adoção de hábitos alimentares que, mesmo sem intenção, acabam favorecendo o desenvolvimento de doenças, como o diabetes tipo 2 e outras relacionadas ao padrão alimentar inadequado.

O que são alimentos ultraprocessados?

Os alimentos ultraprocessados são produtos industrializados que passam por diversas etapas de processamento e possuem adição de ingredientes pouco presentes em receitas caseiras, como aditivos químicos, estabilizantes, corantes, aromatizantes e grandes quantidades de açúcar, sal e gorduras. Exemplos clássicos incluem refrigerantes, biscoitos recheados, cereais matinais prontos, salgadinhos de pacote e refeições congeladas prontas.

Esses alimentos têm como característica principal a conveniência e o sabor acentuado, frequentemente atingido por meio de substâncias que estimulam o consumo excessivo. O objetivo industrial é proporcionar praticidade, longa durabilidade e alto apelo ao paladar, fatores que favorecem a aceitação e a repetição do consumo.

Por que os ultraprocessados preocupam profissionais de saúde?

Pesquisadores de diferentes instituições têm apontado que a ingestão elevada de alimentos ultraprocessados está relacionada a um maior risco de desenvolvimento de doenças como obesidade, hipertensão, doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. O excesso de açúcar, sódio e gorduras refinadas contribui para desbalanços metabólicos, enquanto os aditivos presentes podem impactar negativamente a saúde de modo ainda não totalmente elucidado.

Outro ponto importante é a baixa presença de fibras, vitaminas e minerais desses produtos, que são nutrientes essenciais para o bom funcionamento do organismo. Dessa forma, o consumo frequente desse grupo alimentar resulta em dietas desequilibradas, dificultando a prevenção de enfermidades relacionadas à alimentação inadequada.

Como reconhecer alimentos ultraprocessados nas prateleiras?

Muitas pessoas encontram dificuldades em distinguir os produtos ultraprocessados dos demais devido à grande diversidade nas prateleiras dos supermercados. Para ajudar nessa identificação, é possível atentar-se a algumas características frequentemente observadas nesses itens:

  • Lista extensa de ingredientes: Produtos com muitos componentes, principalmente nomes pouco familiares ou de aditivos, indicam alto grau de processamento.
  • Presença de açúcar, gordura e sal em excesso: A leitura dos rótulos pode ajudar a identificar concentrações elevadas desses ingredientes.
  • Embalagens atraentes e promessas de praticidade: Alimentos que não exigem preparo ou vêm prontos para o consumo, com apelos como “sabor irresistível”, “zero preparo”, ou “pronto em minutos”.
Nutricionistas alertam sobre o consumo excessivo desses alimentos comuns
Fast foods (Créditos: depositphotos.com / unixx.0.gmail.com)

Quais alimentos preferir para uma dieta mais equilibrada?

Adotar uma alimentação baseada em produtos naturais e minimamente processados pode contribuir para a promoção da saúde. Esses alimentos mantêm sua estrutura original, oferecem nutrientes em quantidade ideal e favorecem o funcionamento adequado do corpo. Entre as opções recomendadas, destacam-se:

  1. Frutas, legumes e verduras
  2. Carnes frescas, ovos e peixes
  3. Grãos integrais, arroz e feijão
  4. Leite e iogurtes naturais sem adição de açúcares
  5. Água, sucos naturais e chás sem açúcar

Orientações fornecidas por especialistas sugerem dar preferência a alimentos em sua forma mais próxima do natural, além de organizar refeições em casa, o que pode facilitar escolhas mais saudáveis.

Como as mensagens de saúde podem ser mais eficientes?

Durante levantamentos realizados nos Estados Unidos, verificou-se que orientações genéricas sobre evitar ultraprocessados geram incertezas e não trazem resultados efetivos. De acordo com estudiosos, é necessário que campanhas de saúde pública expliquem de forma clara quais alimentos devem ser evitados e o porquê dessa recomendação, usando linguagem simples e exemplos concretos do cotidiano.

O entendimento correto sobre o que são os alimentos ultraprocessados permite que o consumidor faça escolhas mais conscientes, reduzindo não apenas o risco de doenças crônicas, mas também promovendo um padrão alimentar mais equilibrado no dia a dia.