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Capital Fluminense

Justiça converte prisão de militares que mataram perito da Polícia Civil

Decisão aconteceu em audiência de custódia realizada nesta segunda-feira (16/5)

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Família do perito Renato Coutinho de Mendonça é encontrado pelo Corpo de Bombeiros
Família do perito Renato Coutinho de Mendonça é encontrado pelo Corpo de Bombeiros (Foto: Tatiana Campbell / Super Rádio Tupi)

A Justiça do Rio converteu em preventiva a prisão em flagrante dos quatro acusados de sequestrar, matar e ocultar o corpo do perito papiloscopista Renato Couto, de 41 anos, na última sexta-feira.

O grupo foi preso na madrugada de domingo, mas o corpo do policial só foi encontrado durante a manhã desta segunda-feira (16).

Os presos que tiveram a prisão convertida pelo  juiz Rafael Rezende são; o empresário Lourival Ferreira de Lima, o seu filho, o militar da Marinha Bruno Santos de Lima, Manoel Vitor Silva Soares e Daris Fidelis Motta.

Daris, Manoel e Bruno são militares da Marinha do Brasil. Já o empresário Lourival Ferreira é proprietário de um ferro-velho, que comercializava objetos que eram furtados de uma obra do agente Renato Couto.

O policial tinha acabado de comprar uma casa no bairro da Tijuca, que vinha constantemente sendo atacada por usuários de drogas, que furtavam os materiais utilizados na reformado imóvel.

Renato chegou a registrar pelo menos 7 boletins de ocorrência sobre o caso. Ao tentar negociar o ressarcimento, como sugerido e arranjado, ele foi cercado e agredido pelo grupo, que o colocou numa van da Marinha e depois o arremessou de uma ponte no Rio Guandu.

Na tarde desta segunda-feira (16), os quatro envolvidos no caso participaram da audiência de custódia. Na decisão, o magistrado destaca que os custodiados, presos após investigações, confessaram, de forma qualificada, o crime.

Ainda segundo o Juiz Rafael Rezende, apesar do protagonismo de Lourival e Bruno, há indícios da participação efetiva dos quatro no assassinato.

De acordo com os depoimentos prestados na delegacia, Renato, dentro da van, se identificou como policial civil e pediu para ser levado ao hospital, o que foi negado pelos assassinos do agente.

“Destaque-se o motivo fútil e a aparente premeditação do crime, cometido de forma brutal e covarde. Segundo o relato da testemunha presencial, mesmo após a vítima já se encontrar ferida por PAF e quase desfalecida, Lourival ainda lhe desferiu diversos golpes e, diante de um último esforço para evitar ser levado, o policial foi atingido por outro disparo realizado por Bruno e, em seguida, colocado no interior do veículo com o auxílio dos demais custodiados”, ressaltou o magistrado em sua decisão.

 

 

 

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