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MPRJ denuncia homem que manteve ex-companheira refém em lanchonete na Tijuca

Paulo Roberto pressionou a vítima com uma faca contra o pescoço por cerca de quatro horas, até que agentes do Bope conseguiram desarmá-lo, no último dia 4 de setembro

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(Reprodução)

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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 1ª Promotoria de Justiça Junto ao I Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Capital, denunciou Paulo Roberto Gonçalves por manter sua ex-companheira, Elaine Cristina Teixeira de Moraes Mendo, refém em cárcere privado, após imobilizá-la em uma lanchonete na Tijuca, no último dia 04 de setembro.

Paulo Roberto, que pressionou uma faca contra o pescoço de Elaine por cerca de quatro horas, até que agentes do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) conseguiram desarmá-lo, foi denunciado pelos crimes de sequestro e cárcere privado, violência doméstica, ameaça e desobediência.

De acordo com a denúncia, Paulo Roberto foi preso em agosto por violência doméstica e, após sair da prisão, combinou um encontro com Elaine na Tijuca. Após se dirigirem à lanchonete Rico’s Lanches, na Rua General Roca, para fazerem um lanche, Paulo, que culpava a ex-companheira pela prisão, imobilizou Elaine por meio de um golpe conhecido como “mata-leão”, ao mesmo tempo em que pressionava uma faca contra seu pescoço, de modo a não permitir a sua saída, e de funcionários que trabalhavam no local.

Além disso, ameaçou de morte por diversas vezes a ex-companheira e ofendeu sua integridade física, ao empurrar a ponta da faca contra seu pescoço por diversas vezes, causando-lhe lesões que foram descritas em um boletim de atendimento médico e um laudo de exame de corpo de delito.

O denunciado, que viveu durante cerca de um ano com Elaine na cidade de Valença, também desobedeceu reiteradamente a ordem legal de se render e liberar a vítima e funcionários do estabelecimento que ficaram confinados no local durante o sequestro. A ordem foi proferida por agentes do Bope, em especial o subtenente André dos Santos Lopes, responsável pela negociação, e seu descumprimento foi a razão pela qual foi necessária a intervenção da equipe tática da corporação, com a utilização de uma granada de fumaça como distração, simultaneamente ao ataque de um cão do Batalhão de Ações com Cães e ao uso de arma de eletrochoque para conter o agressor.

Em contato com equipe técnica do juizado, Elaine afirmou que o denunciado, em mais de uma ocasião durante sua convivência com ela, tentou sufocá-la, além de desferir chutes, socos, tapas, proferir ameaças verbais e fazer alusão a situações inexistentes, como causar perseguições a ele e de se relacionar sexualmente com outros homens. A vítima também relatou que Paulo, durante uma das discussões do casal, chegou a declarar a intenção de matar um de seus filhos.

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