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Pai de Juliana Marins embarca para Indonésia e desabafa: “Espero voltar com minha filha viva”

Pai da jovem também informou que está enfrentando problemas com o voo, que iria passar pelo Catar; país teve o espaço aéreo fechado nesta segunda (23) após ataque realizado pelo Irã

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Pai de Juliana Marins embarca para Indonésia. Foto: Reprodução/Redes sociais

O pai de Juliana Marins, jovem brasileira que caiu em um penhasco durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, gravou um vídeo nesta segunda-feira (23) para agradecer o apoio e anunciar que está a caminho do país asiático. Emocionado, Manoel Marins Filho fez um apelo: “Espero voltar com minha filha viva”.

Na postagem, ele também agradeceu o apoio da Embaixada do Brasil em Jacarta, do Ministério das Relações Exteriores e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que têm acompanhado o caso.

“Obrigado a todos que estão se mobilizando, obrigado ao governo brasileiro, obrigado aos amigos e pessoas que eu nem conhecia e nem esperava mas estão se mobilizando e fazendo o que é possível, nos apontando caminhos para que nos possamos trazer a Juliana sã e salva, que é o que nós esperamos, obrigada pelo esforço de todos”, declarou.

Viagem enfrenta problemas devido a guerra no Oriente Médio

O pai da jovem também informou que está enfrentando problemas com o voo, que iria passar pelo Catar. O país teve o espaço aéreo fechado após ataque realizado pelo Irã nesta segunda-feira (23).

O ataque do Irã é uma resposta aos bombardeios americanos contra instalações do programa nuclear iraniano no sábado (21). O espaço aéreo do Catar, Emirados Árabes Unidos e Bahrein foi fechado logo após os ataques.

Família questiona informações e denuncia lentidão

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Em meio às buscas, a família de Juliana tem feito duras críticas às autoridades da Indonésia, acusando o resgate de ser lento, mal planejado e sem estrutura adequada para a gravidade da situação.

Neste domingo (22), a irmã de Juliana, Mariana Marins, desmentiu informações divulgadas por autoridades locais e pela própria Embaixada do Brasil, que haviam afirmado que a jovem teria recebido água, comida e agasalho.

“Isso não é verdade. Até agora, eles não conseguiram chegar até ela. As cordas não tinham tamanho suficiente e a visibilidade é baixa”, afirmou Mariana, que também denunciou que vídeos divulgados como se fossem do momento do resgate foram forjados.

Alpinistas experientes reforçam a missão

Foto: Reprodução/Redes sociais

Diante da lentidão do resgate, dois alpinistas profissionais se uniram, nesta segunda-feira (23), à equipe que tenta chegar até Juliana. Segundo a família, eles estão a caminho do local do acidente, levando equipamentos especializados.

“Não sabemos se eles conseguirão atuar durante a noite, mas são um reforço importante, com equipamentos específicos para apoiar a equipe que já está no local”, informou o perfil @resgatejulianamarins, criado pela família.

Clima severo e resgate interrompido

Imagens mostram clima severo e falta de preparo durante buscas por Juliana Marins. Foto: Reprodução

O Parque Nacional do Monte Rinjani, onde ocorreu o acidente, está com atividades funcionando normalmente, mesmo com a operação de resgate em andamento. Segundo a família, Juliana está presa entre 500 e 600 metros no desfiladeiro, sem água, comida ou agasalho desde a última sexta-feira (20).

As buscas foram interrompidas novamente na manhã desta segunda-feira (23), por volta das 16h no horário local (5h em Brasília), devido às más condições climáticas, como neblina densa e baixa visibilidade.

“Um dia inteiro e eles avançaram apenas 250 metros abaixo, faltavam 350 metros para chegar na Juliana e eles recuaram. Mais uma vez! Mais um dia! Nós precisamos de ajuda, nós precisamos que o resgate chegue até Juliana com urgência!”, reforçou a família nas redes.

Itamaraty acompanha de perto

De acordo com o Itamaraty, dois funcionários da Embaixada do Brasil em Jacarta foram enviados no sábado (21) para acompanhar de perto os esforços de resgate. A própria embaixada admitiu ter repassado informações incorretas no início, baseadas em dados imprecisos das autoridades locais.

O governo brasileiro informou que tem pressionado as autoridades da Indonésia para que o resgate continue, inclusive durante a noite, apesar dos riscos e das dificuldades impostas pelas condições do terreno e do clima.