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Justiça

Policiamento será reforçado nos terreiros de umbanda e Candomblé de Itaboraí após ameaças de fechamento

O esquema para garantir segurança dos templos foi discutido por Átila Nunes, que é relator da CPI da Intolerância Religiosa na Alerj, com o comandante do Batalhão da PM

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Átila Nunes

(Foto: Reprodução)

Os terreiros de religiões de matriz africana de Itaboraí terão a segurança reforçada para garantir o funcionamento dos templos ameaçados de fechamento pelo pastor Felippe Valadão durante show gospel realizado na quinta-feira (19) como parte das comemorações pelo aniversário da cidade. O reforço no policiamento foi pedido pelo relator da CPI da Intolerância Religiosa, na Assembleia Legislativa do Rio, Átila Nunes (PSD), ao secretário da Polícia Militar, Coronel Luiz Henrique Pires e o planejamento da ação foi discutido nesta terça-feira(24) durante reunião com o comandante do Batalhão da PM de Itaboraí, tenente-coronel Gilbert dos Santos.

O encontro contou com a participação de lideranças religiosas do município, entre eles o Ogã Thiago Magalhães, um dos organizadores da manifestação realizada no domingo passado, que reuniu centenas de pessoas em um protesto contra a intolerância religiosa, dois dias após o pastor Felippe Valadão atacar religiões de matrizes africanas em evento oficial da prefeitura. Átila Nunes ouviu da polícia a garantia de segurança reforçada e aproveitou para pedir a instalação na cidade de um núcleo da Decradi, delegacia especializada em crimes de intolerância religiosa.

“Saio da reunião confiante de que a polícia vai ter uma atuação mais ativa no combate à intolerância religiosa em Itaboraí. Conseguimos a garantia de que a Polícia Militar acompanhará de perto as ocorrências de preconceito e reforçará a atenção às áreas, onde funcionam os terreiros de umbanda e candomblé. A instalação de um núcleo da Decradi é fundamental na região, já que a postura do autointitulado pastor Felippe Valadão pode gerar uma onda irreparável de ódio e violência contra a diversidade em Itaboraí. Precisamos de um atendimento especializado para as vítimas de discriminação’, afirmou o relator da CPI da Intolerância Religiosa, na Alerj. Dirigentes de terreiros de Itaboraí organizam a realização de um seminário para discutir a liberdade religiosa e ações futuras de combate ao preconceito no município.

Na última segunda-feira, o relator da CPI da Intolerância Religiosa protocolou duas representações no Ministério Público: uma contra o pastor por incitação ao ódio religioso e outra pedindo o ressarcimento do dinheiro público gasto pelo prefeito Marcelo Delaroli para realizar o evento oficial usado para disseminar o preconceito religioso no município.

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