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Prefeitura de Belford Roxo nomeia miliciano para cargo comissionado

Ex-sargento da PM foi condenado a 26 anos de prisão

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Foto: reprodução internet

A prefeitura de Belford Roxo nomeou um miliciano condenado a 26 anos de prisão para um cargo comissionado na Secretaria Municipal de Defesa Civil e Ordem Urbana do município. Ex-sargento da PM, Juracy Alves Prudêncio, era chefe do Bonde do Jura, um grupo miliciano acusado de praticar uma série de homicídios. Juracy, que teve duas condenações (em 2010 por associação criminosa e em 2014 por homicídio duplamente qualificado), conseguiu na Justiça passar do regime fechado para o semiaberto em 2017.  Após o benefício, ele pediu permissão à Vara de Execuções Penais (VEP) para trabalhar fora da cadeia como diretor de Departamento de Ordem Pública da prefeitura de Belford Roxo. A licença foi concedida três meses depois e Juracy foi nomeado.

A nossa reportagem entrou em contato com a prefeitura de Belford Roxo que disse que apesar de “Juracy Alves Prudêncio ter sido nomeado, nunca tomou posse e a sua nomeação não teve efeito”. Ainda segundo a prefeitura de Belfrod Roxo, “diante desta situação, a Prefeitura nunca pagou salários a Juracy Alves Prudêncio.”

 

Miliciano foi preso em 2009

Juracy foi o principal alvo da Operação Descarrilamento, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), em 2009, que levou para a cadeia nove PMs. Em 2010 ele foi condenado pela justiça pelo crime de associação criminosa. Foi nessa época que ele foi expulso da PM, perdendo a função de então sargento.

Juracy Alves chegou a ser candidato a vereador de Nova Iguaçu em 2008 pelo Partido Republicano Progressista (PRP), mas não conseguiu se eleger (9.335 votos). De acordo com as investigações, o ex-PM usou a estrutura da milícia para fazer a campanha.

BONDE DO JURA

O Bonde do Jura, grupo miliciano liderado por Juracy Alves, atuava na Baixada Fluminense, com ênfase em Nova Iguaçu. O grupo criminoso cobrava taxa de segurança; taxa de TV a cabo clandestina; pedágio de 50 vans e kombis e 30 mototáxis; comissões sobre aluguel e venda de imóveis; venda de gás; e o monopólio da produção de CDs e DVDs piratas em Nova Iguaçu, Queimados, Meriti e Caxias.

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