R$ 9 mi em 6 meses: polícia mira esquema milionário em creches do Rio
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R$ 9 mi em 6 meses: Polícia Civil mira esquema milionário em creches do Rio

O esquema envolvia representantes das instituições conveniadas e empresas de fachada abertas em nome de laranjas

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R$ 9 mi em 6 meses: Polícia Civil mira esquema milionário em creches do Rio. Foto: Pixabay

A Polícia Civil realiza, nesta terça-feira (4), uma operação para desarticular um esquema de desvio de verbas públicas que teria movimentado cerca de R$ 9 milhões em seis meses. Parte dos recursos foi destinada a empresas ligadas à vereadora Gigi Castilho, do Republicanos, contratadas para fornecer produtos de hortifruti e panificação a creches conveniadas da prefeitura. Segundo as investigações, os serviços nunca foram prestados e há indícios de que as empresas funcionavam apenas como fachada.

A ação é conduzida pela Delegacia de Defraudações (DDEF) e cumpre 29 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça. O objetivo é coletar documentos, computadores, celulares, mídias eletrônicas e materiais contábeis que possam comprovar o esquema e identificar todos os envolvidos.

Como funcionava o esquema de fraude?

De acordo com a Polícia Civil, o grupo investigado criou empresas fantasmas para emitir notas fiscais superfaturadas e justificar repasses irregulares da Prefeitura do Rio. As notas falsas eram apresentadas à secretaria municipal responsável como comprovação de despesas, o que permitia a manutenção dos altos valores pagos às instituições conveniadas.

As investigações apontam que o esquema envolvia representantes das creches, empresários e possíveis servidores públicos que colaboravam com as movimentações irregulares. As empresas registradas em nome de laranjas simulavam a prestação de serviços e o fornecimento de produtos que nunca chegavam às unidades de ensino.

Movimentações suspeitas e valores desviados

Um relatório financeiro indicou que uma das creches conveniadas recebeu cerca de R$ 9 milhões em apenas seis meses. Nesse período, foram registrados 816 saques em espécie, totalizando aproximadamente R$ 1,5 milhão, movimentação considerada incompatível com a rotina de uma instituição educacional.

Os investigadores analisam a origem e o destino dos recursos para identificar os beneficiários do esquema. Documentos e dispositivos apreendidos nesta terça-feira devem auxiliar na rastreabilidade das operações financeiras e na responsabilização dos envolvidos.

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