Máscara hiper-realista usada em furto é vendida por valor impressionante
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Máscara hiper-realista usada em furto é vendida na internet por valor impressionante

Disfarçado com terno, luvas e uma máscara de silicone realista, um advogado furtou cerca de dez relógios de luxo sem levantar suspeitas

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Máscara hiper-realista usada em furto é vendida na internet por valor impressionante. Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Rio de Janeiro desvendou um furto sofisticado ocorrido no dia 7 de fevereiro de 2025, em um apartamento de luxo no Hotel Orizzonte by Atlântica, em Niterói. O crime aconteceu em apenas 16 minutos. Disfarçado com terno, luvas e uma máscara de silicone realista, o advogado Luís Maurício Martins Gualda, de 47 anos, entrou pelo acesso de funcionários e levou cerca de dez relógios de luxo sem levantar suspeitas.

Em depoimento à polícia, Galda revelou que comprou a máscara em uma plataforma internacional pelo valor de R$ 1,8 mil. Após o crime, ele afirmou ter picotado o disfarce em pedaços e jogado no lixo orgânico do prédio.

A aquisição desse tipo de máscara é fácil, já que diversas empresas renomadas oferecem o produto online, com preços variados — desde R$ 50, em modelos mais simples, até R$ 4.897, em versões mais realistas.

Quais são as características da máscara realista?

Segundo um dos anunciantes, o objeto conta com uma aparência surreal, traços detalhados e visual realístico. Confira todas as características do produto:

  • Máscara hiper-realista com caracterização profissional
  • Aparência surreal
  • Feita em látex, cobre toda a cabeça
  • Traços perfeitos e super detalhados, com visual realístico
  • Pele macia e cabelos realistas
  • Encanta tanto crianças quanto adultos
  • Acabamento perfeito com barba incrivelmente real
  • Disfarce perfeito
  • Tamanho: Padrão / Único (serve em todos os tamanhos de rosto)
  • Produto ideal para caracterizações, festas e performances

O uso de máscaras realistas no Brasil é proibido?

Embora não exista uma proibição federal explícita, a comercialização de máscaras realistas no Brasil levanta dúvidas sobre sua legalidade. Esses acessórios, que reproduzem com perfeição feições humanas, não são vetados por nenhuma lei específica, mas seu uso indevido pode ser enquadrado em diversos crimes.

As máscaras passam a ser ilegais quando utilizadas em práticas criminosas, como fraude, furto, roubo qualificado, estelionato, falsidade ideológica ou invasão de privacidade. Nesses casos, mesmo que o objeto em si não seja proibido, ele se torna parte do crime e pode agravar a pena.

A importação de máscaras é fiscalizada?

Sim. Apesar de não haver impedimento legal para comprar ou vender esse tipo de produto no Brasil, a importação pode ser alvo de fiscalização. A Receita Federal e a Polícia Federal atuam principalmente quando há indícios de que as máscaras possam ser utilizadas em atividades ilícitas.

Além disso, se forem trazidas de outros países sem declaração correta ou por meios irregulares, a entrada dessas máscaras no país pode configurar contrabando ou descaminho, o que também constitui crime.

Comparsa no furto

Além de Galda, o empresário Alexandre Ceotto André, de 50 anos, também estava envolvido no planejamento do furto. Ele é apontado como mentor intelectual do crime.

A polícia chegou até Galda após rastrear o carro usado na fuga, registrado em seu nome. Em depoimento, ele disse que Ceotto — ex-candidato político e ex-corretor — planejou tudo acreditando que a vítima escondia US$ 1 milhão no apartamento.

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